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APRESENTAÇÃO: Em Nova Olinda do Norte o Núcleo de Apoio a Saúde da Família elaborou um projeto terapêutico singular com ações facilitadoras de identificação e acompanhamento de usuários com fissuras labiopalatinas tendo como finalidade proporcionar melhorias na qualidade de vida pré e pós cirúrgica com suporte multidisciplinar como enfrentamento da exclusão social pela qual esses usuários são vítimas frequentes ao longo de suas vidas. Inicialmente foram elaboradas oficinas de educação permanente nas unidades básicas de saúde para os agentes comunitários de saúde da zona urbana e em seguida foi realizado um encontro para uma oficina com todos os agentes da zona rural visando a mesma capacitação para todos os profissionais com o objetivo de empedrá-los sobre o conceito, os tipos de fissuras, etiologias, sinais, consequências psicossociais  e o tratamento multiprofissional para a identificação dos casos em cada área de abrangência. Após a identificação pelo agente comunitário de saúde o usuário é encaminhado ao atendimento médico e/ou de enfermagem na unidade básica de saúde de referência para avaliação clínica e solicitações de exames de rotina, em seguida o paciente é referenciado para a equipe de saúde bucal e para o núcleo de apoio a saúde da família onde fará o primeiro atendimento com o serviço de  fonoaudiologia  para avaliação e acompanhamento pré cirúrgico e havendo necessidade é encaminhado para o serviço de nutrição e de psicologia. Depois do resultado dos exames clínicos o médico encaminha através do SISREG para o tratamento cirúrgico e no retorno desse usuário, continua o acompanhamento pelo serviço de fonoaudiologia do núcleo de apoio a saúde da família e demais profissionais de acordo com a necessidade. A iniciativa do projeto possibilitou a muitos usuários a compreensão da fissura como uma má formação e suas possibilidades de tratamento. Infelizmente a maioria dos pacientes são de famílias com pouca ou sem condições financeiras que desconhecem os benefícios que o SUS pode lhe proporcionar e muitas nunca ouviram falar em tratamento, portanto é possível concluir a importância dessa iniciativa para o rastreamento e cuidados com esse publico levando em conta todos os prejuízos que esses usuários são submetidos ao longo de suas vidas, os quais vão além dos aspectos físicos adentrando num aspecto bem mais difícil de reverter as sequelas pois as dores que uma criança sente pela rejeição de um olhar podem ser bem piores do que sua aparência física e são marcas que penetram a alma e são levadas por toda uma vida comprometendo possivelmente toda a estrutura psicossocial desse cidadão.

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