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APRESENTAÇÃO: O estresse consiste de uma condição psicofisiológica que envolve diversas situações em que o indivíduo se sente exposto a ameaças reais ou imaginárias e pode afetar negativamente a saúde mental e física do indivíduo, podendo gerar modificações fisiológicas, ocasionando quadros patogênicos. O estresse também pode afetar a qualidade de vida dos trabalhadores e repercutir negativamente no seu ambiente de trabalho e nas pessoas com que se relaciona. Tendo em vista o que foi exposto, o objetivo desta pesquisa é fazer um levantamento sobre estresse e qualidade vida entre docentes. METODOLOGIA: Foi realizado uma revisão sistematizada da literatura, no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde. Foram conduzidas duas buscas, a primeira incluiu as palavras-chaves: “docente”, “qualidade de vida”, “estresse”, e o operador booleano “AND” e na segunda busca, foram utilizadas as mesmas palavras, com exceção do “estresse”, que foi substituído por “estresse percebido”. Utilizou-se os filtros: humanos, Brasil, português, ano (2010 a 2015) e artigo. Foram incluídos os artigos que abordassem qualidade de vida e estresse entre docentes no Brasil.  Resultados: Foram encontrados 66 artigos na primeira busca e dois artigos na segunda, após a aplicação dos filtros, ficaram seis artigos, dos quais dois estavam repetidos e um não abordava o tema. Fizeram parte desta revisão três artigos, dois avaliaram professores da educação básica e um avaliou docentes universitários. RESULTADOS: As pesquisas foram realizadas no Nordeste e no Sul do País. A idade média dos participantes foi de 43 e 44 anos, com predominância do sexo feminino. Com relação a qualidade de vida, apenas o estudo realizado com professores da educação básica do Sul do País avaliou qualidade de vida utilizando o instrumento WHOQOL-Bref, onde os domínios que apresentaram menores escores foram o meio ambiente (60,7) seguido pelo domínio físico (69,2). Os outros dois avaliaram a qualidade de vida de forma indireta, com inclusão de variáveis como rendimento familiar, carga horária de trabalho, satisfação com o trabalho, hábitos alimentares, consumo de substâncias psicoativas e atividade física e todos associaram essas variáveis ao estresse. Esse último foi avaliado dentro do contexto da Síndrome de Burnout para os professores da rede básica de ensino, e para os docentes universitários foi avaliado o estresse percebido. A maioria dos professores apresentaram níveis médios e altos de exaustão, baixa realização profissional e acreditam que a profissão está gerando estresse. Nos docentes universitários também foi encontrada uma percepção elevada do estresse.  Em todos os estudos, um maior nível de estresse foi associado com piora da qualidade de vida. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A profissão docente está associada a maiores níveis de estresse e consequentemente menores níveis de qualidade de vida. O trabalho docente é extremamente importante, pois é a base tanto para a formação básica, como para a construção de futuros profissionais. Sugere-se que os programas de saúde escolar possam ampliar sua atuação também para os docentes, visto que tanto o estresse elevado como a baixa qualidade de vida afetam diretamente a saúde e o trabalho desses profissionais.

Estresse; qualidade de vida; docentes