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APRESENTAÇÃO: O presente trabalho descreve minha experiência em participar de uma Conferencia Municipal de Saúde no município de Aquidauana - MS, sendo que atualmente participo na gestão do cuidado e como parte da equipe da gestão, sempre pensei que, saúde no município de Aquidauana não era das melhores, mas nem das piores, acreditava que faltava melhorar, mas no processo de trabalho com o desenvolvimento da Conferência em parceria com Conselho Municipal de Saúde, descobri algo mais. OBJETIVO: Essa experiência teve como objetivo vivenciar uma Conferencia Municipal, conhecer a população que é assistida pela saúde, como também praticar o ato de ouvir sem justificar. METODOLOGIA: Iniciamos no dia 01-06 com as pré-conferências dos usuários, abrangendo as 09 aldeias indígenas, distritos e as ESFs, após o término com os usuários, iniciamos com os trabalhadores de saúde, abrangendo os funcionários da saúde em hospitais, ESFs, laboratório, farmácia, motoristas e até os prestadores de serviço como: os bombeiros e a Clínica da Pestalozzi. Das pré-conferências realizadas foram extraídas 297 propostas: 249 no âmbito municipal e 48 âmbito federal e estadual. Para a Conferência Estadual essas propostas foram consolidadas em 38 propostas para ser defendidas pelos 04 delegados. RESULTADOS: Em relação às propostas percebi que 84% são de Âmbito Municipal, propostas de melhoria na infraestrutura de uma unidade até coleta de lixo nas aldeias. Mas o que despertou meu interesse, foram as muitas propostas em relação à falta de comunicação que a saúde tem com a população, essa falha faz com que a população não consiga entender que a porta de entrada é a ESF (Estratégias de Saúde da Família) que existem redes de atenção, que a Estratégia Saúde da Família trabalha com uma equipe mínima e com atenção primária e que é no nível de atenção especializada que se encontra o neurologista e psiquiátrica. O subsistema, essa divisão que se criou SAÚDE X SESAI, pois atualmente a saúde indígena é coordenada pela SESAI (Secretaria de Saúde Indígena), todo recurso financeiro para ser empenhado na saúde indígena é gerenciada pela SESAI desde contratação de profissionais até as aquisições de materiais de consumo, prejudicando assim o processo de trabalho com falta de materiais e profissionais para o atendimento desses usuários do SUS que residem nas aldeias.   CONSIDERAÇÕES FINAIS: Avaliando as propostas percebi que no âmbito municipal a população não está entendendo e compreendendo as redes de atenção e o funcionamento, há uma desinformação, e a falta de comunicação está sendo o grande gargalho na saúde segundo esta Conferência.    

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