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O USO DA SIMULAÇÃO REALÍSTICA NO CONTEXTO DO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Última alteração: 2015-10-29
Resumo
APRESENTAÇÃO: No contexto do ensino em saúde, a simulação realística é uma metodologia ativa que permite a reprodução de situações práticas aproximadas dos diversos contextos e cenários do processo de trabalho nesta área. Entre as ferramentas que podem ser utilizadas na simulação cita-se o uso de pacientes-padrão, que são atores treinados para atuarem e reproduzir comportamentos de usuários em diversas situações e estabelecimentos de assistência a saúde. Por ser uma ferramenta que dispensa grandes dispêndios, o uso de paciente-padrão pode ser considerada uma maneira de viabilizar a capacitação de profissionais e estudantes da área da saúde e enfermagem. Nesse sentido, objetiva-se refletir sobre a simulação realística e a ferramenta paciente-padrão como possibilidades de capacitação de estudantes e profissionais de saúde no contexto da formação e atualização em tópicos de Atenção Primária a Saúde. METODOLOGIA: Este estudo consiste em um relato de experiência a partir das atividades executadas em um projeto de ações associadas (ensino, pesquisa e extensão), vinculado à graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal/RN, Brasil. O projeto foi desenvolvido no período de agosto a outubro de 2015. Referente ao ensino deu-se continuidade a simulação de alta fidelidade na disciplina intitulada Atenção Integral a Saúde II, Atenção Básica. Além dessa atividade, foram elaboradas cartilhas e guias para treino de habilidades. Na pesquisa, identificou-se a percepção dos estudantes de enfermagem referente à metodologia da simulação. Na extensão, foi criado um curso de capacitação para docentes, objetivando capacitá-los para a criação de cenários de simulação com o uso de atores. Durante o desenvolvimento do projeto, foi utilizada a ferramenta paciente-padrão. RESULTADOS: A simulação oportuniza uma aproximação com os diversos cenários habituais dos serviços de saúde e possibilitando uma aprendizagem significativa. A utilização do paciente-padrão nos ambientes de simulação oferece aos estudantes e aos profissionais de saúde, um contato antecipado aos possíveis eventos que ocorrem no cotidiano das práticas em saúde e permite a aquisição de competências e habilidades. Ao considerar a complexidade que envolve as diversas situações na relação estudante/profissional/usuário/serviço/assistência é imprescindível pensar uma formação e estratégias de ensino e aprendizagem que permitam aprender a aprender. Por se tratar de um projeto piloto e envolver a formação, os impactos desse trabalho precisam ser avaliados e compreendidos em logo prazo. Porém, percebem-se expectativas e satisfação de estudantes e profissionais a partir das experiências vivenciadas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A metodologia da simulação surge como uma estratégia de ensino-aprendizagem que permite a construção de experiências significativas, possibilitando a aquisição de competências e habilidades mais próximas das necessidades atuais. Além disso, a ferramenta paciente padrão é uma possibilidade de capacitar estudantes e profissionais da saúde para lidar com diversas situações do contexto do trabalho em saúde e enfermagem. Na experiência em destaque, a simulação e a ferramenta paciente-padrão atuaram como um dispositivo potencializador da aprendizagem em tópicos de Atenção Primária a Saúde. Palavras-chave: Simulação; Formação em Saúde; Ensino de Enfermagem.
Palavras-chave
Simulação; Formação em Saúde; Ensino de Enfermagem
Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
COSTA, Raphael Raniere de Oliveira. A simulação realística como estratégia de ensino-aprendizagem em enfermagem. Natal. Dissertação [Mestrado em Enfermagem] – Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2014.
MITRE, Sandra Minardi et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva, V. 13, n.2, p. 2133-2144. 2008.