Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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REDE VIVA: DISCUTINDO A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COM SUJEITOS USUÁRIOS DE CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL NO RECIFE (PE)
Karl Marx da Nóbrega Cabral, Casiana Tertuliano Chalegre

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A mudança de paradigma da Saúde Mental brasileira, esta pautada em conceitos que garantem a liberdade, a autonomia, o respeito, a diversidade, a participação social e o enfrentamento a preconceitos e práticas repressoras de subjetividade destes na vida cotidiana da sociedade comum. Este novo modelo busca superar o anterior, compreendendo a necessidade de se estruturar uma rede de serviços intersetoriais de base comunitária responsável por buscar, junto ao usuário e equipe interdisciplinar, e por meio de diversas ferramentas, ressignificar ou buscar novos significados para a vida. Observando a importância de uma estrutura de ocupações significativas e de valia para os mesmos, que possam estar relacionadas às demandas de trabalho, lazer, educação, participação social, entre outros. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Os grupos são ferramentas importantes de trabalho nestes serviços, principalmente após o processo de Reforma Psiquiátrica no Brasil. Estes variam desde a metodologia aos temas abordados, partindo de acordo com as necessidades mais evidentes e incisivas de um determinado território. O grupo proposto e apresentado neste trabalho fora realizado em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade do Recife (PE), idealizado pelos autores deste resumo. O grupo fora articulado de forma a ser semi-aberto, porém, houvera um planejamento e discussão do perfil dos usuários e participantes. Fora organizado em sete encontros, objetivando, concretamente, a construção de um mapa coletivo personalizado de acordo com a rede social dos participantes, apontando e apresentando dispositivos, lugares, espaços de caráter de saúde, trabalho, religioso, de lazer, cultural, e de outras atividades do cotidiano. RESULTADOS: Durante o processo, fora trabalhado com os participantes a importância da existência de uma rede estruturada e significativa para a contribuição de cada espaço para cada sujeito, estimulando a participação dos mesmos. Com uma abordagem participativa, a construção do mapa se estruturou em etapas. Os terapeutas ocupacionais facilitadores da atividade, propuseram que a princípio os participantes listassem estes ambientes e que se construísse um mural visível a todos em todos os encontros, por onde o grupo se basearia para a construção propriamente do mapa. Após esta primeira etapa, os participantes se organizaram de acordo com suas habilidades e saberes para representarem estes espaços utilizando como material: lápis comum, régua, cartolina, lápis de colorir e folhas. CONSIDERAÇÕES FINAIS: No fechamento do grupo, foram discutidos junto de outros atores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre todo o processo desenvolvido, as frustrações, dificuldades, soluções e resultados atingidos com a proposta.   

Palavras-chave


Participação Social; Luta Antimanicomial; Grupos