Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
GESTÃO E MEDIAÇÃO NA FORMAÇÃO DE RESIDENTES: EXPERIÊNCIAS E ATRIBUTOS DE COORDENADORES DE PROGRAMAS
ADRIANA CAVALCANTI DE AGUIAR, ELAINE FRANCO DOS SANTOS ARAUJO, WILSON COUTO BORGES, DENISE ESPIÚCA MONTEIRO, GUILHERME CANEDO BORGES
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
APRESENTAÇÃO: O acesso universal a serviços de saúde de qualidade, organizados a partir de uma concepção ampliada de saúde-doença demanda a existência de sistemas de saúde organizados, dotados de profissionais para atuarem na identificação e cuidado das necessidades de indivíduos, famílias e comunidades. O Departamento de Atenção Básica (DAB), da Secretaria de Ações de Saúde do Ministério da Saúde, enfatiza que “a Saúde da Família caracteriza-se como a porta de entrada prioritária de um sistema hierarquizado, regionalizado de saúde e vem provocando um importante movimento de reorientação do modelo de atenção à saúde no SUS”. Esta reorientação das ações de saúde demanda “a revisão dos processos de formação e educação em saúde com ênfase na educação permanente das equipes, coordenações e gestores”, e “ações articuladas com as instituições formadoras para promover mudanças na graduação e pós-graduação dos profissionais de saúde”. Nos últimos anos, o Ministério de Saúde e o Ministério da Educação criaram, em conjunto, programas para promover mudanças no ensino e nas práticas de saúde, a fim de contribuir para o fortalecimento da formação de profissionais e apoiar as mudanças do modelo técno-assistencial. Assim, surgiram os Programas de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas e o Programa Nacional de Bolsas para Residências Multiprofissionais em Saúde. Neste sentido, este estudo tem, por objetivo, analisar as iniciativas de gestão e apoio aos programas de residência e as ferramentas e estratégias de gestão da formação especializada no Brasil. DESENVOLVIMENTO: Analisamos 15 entrevistas com coordenadores de programas de residência médica e multiprofissional em quatro regiões dos pais, de modo a aprofundar o conhecimento sobre as atividades ensejadas pela gestão da formação especializada, percepções e atributos necessários para o exercício dessa função. A amostra foi extraída do universo de 63 programas estudados na composta de programas nas áreas de saúde da família e saúde da mulher na pesquisa “Preceptoria em Programas de Residência: Ensino, Pesquisa e Gestão”, sendo o adotado o critério de escolha dos programas considerados inovadores de acordo com informantes chave. As entrevistas com roteiro semi-estruturado foram realizadas no local de trabalho do entrevistado, versando sobre a história do programa, atividades de apoio ao ensino-aprendizagem e papel dos coordenadores em estabelecer pontes entre a gestão dos serviços e a residência. RESULTADOS: Os coordenadores de residência exercem importante papel de mediadores entre instâncias e processos, devendo interpretar as normas estabelecidas e desenvolver estratégias que garantam a qualidade do ensino da residência e simultaneamente contribuam para o desenvolvimento de tecnologias para os serviços de saúde. A normatização dos processos que envolvem a oferta das residências é ainda insuficiente no país, cabendo aos coordenadores tomar decisões para as quais desenvolveram diversos instrumentos de gestão. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A coordenação de residências demanda diversos atributos sofisticados, sendo necessário avançar no desenvolvimento de currículos baseados em competência para a formação de gestores da residência e fortalecer fóruns de troca de experiência visando a otimizar o uso de recursos e compartilhar as iniciativas bem sucedidas.
Palavras-chave
GESTÃO DE RESIDÊNCIAS; MEDIAÇÃO; FORMAÇÃO DE RESIDENTES.
Referências
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