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APRESENTAÇÃO: A expansão mundial da internet está ocasionando uma maior interação virtual entre as pessoas, principalmente por meio de redes sociais, cada vez mais populares. Com a disseminação deste costume, é cada vez mais comum, que ainda muito cedo, as crianças comecem a desenvolver esse hábito, fazendo-se cada vez mais presente na sua vida no decorrer do tempo, com aumento da prevalência de uso na adolescência. Desta forma esse mundo virtual atrai cada vez mais crianças e adolescentes, e esse último grupo pode estar usando repetitivamente seus aparelhos celulares, tablets e computadores, podendo fazer dessa interação uma dependência, que pode contribuir para os aparecimentos de agravos a saúde física.  Diante do exposto, esta pesquisa se propôs a identificar os principais indicativos de agravos à saúde física, que podem estar associados ao uso de tecnologias. Desenvolvimento do trabalho: Foi adotado um delineamento de estudo epidemiológico transversal. A amostra não probabilística foi constituída por adolescentes de ambos os sexos com idade entre 10 e 19 anos, matriculados em uma escola pública estadual da região metropolitana do Recife, Pernambuco. Os dados foram coletados através de um questionário orientado, por questões construídas com base no modelo proposto por Hughes-Hassell e Agosto (2007). A tabulação se efetuou com o programa Epidata 3.1, de domínio público. Os cálculos estatísticos foram realizados pelo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0. Resultados: Os principais indicativos de agravos a saúde física relacionados ao uso excessivo de tecnologias foram de ordem postural, pois a maioria adotava posições não ergonômicas, como: deitado (a) (40,2%), curvado (a) (13,5%) ou 2 ou mais posições (20,3%). Também foi observado que 74,9% sentem os sintomas, como dor de cabeça, dor nas costas, vista cansada, tensão nos ombros e 2 ou mais sintomas, e associam essas queixas ao uso desses aparelhos, enquanto 25,2% relatam não sentirem nenhum sintoma. Em relação a frequência desses sintomas, a maior parte dos adolescentes refere senti-los sempre ou na maioria das vezes (72,7%). Considerações finais: O uso de aparelhos eletrônicos pode estar interferindo no desenvolvimento saudável de adolescentes. É necessário incluir essa nova realidade nos currículos e na prática do profissional de saúde, assim como a realização de mais estudos, principalmente longitudinais, para melhor compreender o quanto essas tecnologias, tão necessárias e úteis, estão afetando a saúde, para poder estabelecermos uma relação consciente, saudável e produtiva, utilizando-a como aliada e não somente como vilã.

adolescente; internet; saúde