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Este é um relato de experiência de atividades que vem sendo desenvolvidas em um hospital da rede estadual de saúde em Porto Alegre, que objetivam ofertar soluções acessíveis para facilitar o cotidiano de pessoas internadas com alguma diversidade funcional. O hospital é referência no tratamento de tuberculose no estado do Rio Grande do Sul e atende usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente aqueles em situação de vulnerabilidade social e com dificuldade para adesão ao tratamento, tendo a soropositividade para HIV como comorbidade mais frequente. A ideia partiu da idealização de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais e conta com a parceria de outros setores do hospital, como a lavanderia/reparos e a manutenção. Foram criadas tipoias para sustentação de membro superior hemiplégico, bengalas de madeira e adaptação em calçados. Os recursos utilizados como matéria prima são do próprio hospital e de baixo custo. Além destas alternativas de uso individual, foram construídas rampas de acesso e foi solicitada a instalação de barras de apoio nos banheiros. Ainda que as estratégias sejam simples e iniciais, foi possível perceber que o uso destes recursos puderam propiciar maior autonomia e independência dos pacientes internados, bem como possibilitou/facilitou a presença destes na realização de atividades coletivas, de forma a promover maior interação com o meio social. O serviço de saúde, assim como toda a sociedade, tem o dever de incluir todas as pessoas, independente de suas condições funcionais. Para isso, é preciso trazer a tona a discussão das adaptações estruturais e funcionais, e oferecer recursos que possam propiciar uma maior participação das pessoas.

pessoas com deficiência; estruturas de acesso;