Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CUIDADO DE ENFERMAGEM À CRIANÇA PRÉ-TERMO E SUA FAMÍLIA E A CONTRIBUIÇÃO DO GENOGRAMA E ECOMAPA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Mayara carolina canedo, Cristina Brandt Nunes, Maria Auxiliadora de Souza Gerk, Maria Angelica Marcheti

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A estrutura da família, sua composição, as interações familiares, os contextos de saúde, as situações de risco e os padrões de vulnerabilidade, caracterizam-se como elementos relevantes para o planejamento do cuidado à saúde da criança. O genograma e o ecomapa têm se mostrado como valiosas ferramentas para a compreensão da relação mãe, filho e família. É importante que a enfermeira desenvolva interação com a família no cenário da Unidade de Cuidados Intermediário Neonatal Convencional (UCINCo). Frequentemente a mãe, está mais presente e por isso deve ser melhor orientada para o cuidado mais efetivo com o seu filho. Este estudo objetiva descrever a aplicação das ferramentas genograma e ecomapa à mãe que acompanhava o filho prematuro. Desenvolvimento: o relato de experiência trata sobre uma mãe que acompanhava o filho prematuro na UCINCo de um Hospital Público em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no mês de setembro de 2015. O estudo foi discutido com a participante e após leitura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e esclarecimentos das dúvidas, a mesma concordou com a participação e assinou o documento. Os dados deste estudo foram obtidos mediante a realização de entrevista, análise de prontuário do recém-nascido, observação participante, genograma e ecomapa. RESULTADOS: L1 de 33 anos teve VII gestações, VI partos, I aborto e I natimorto. Atualmente é mãe de um lactente com 37 dias de vida, nascido pré-termo, idade gestacional de 30 semanas, muito baixo peso. A gravidez foi interrompida por trabalho de parto prematuro. Nos momentos iniciais da conversa L1 relatou sobre seus outros filhos, e que nenhum deles morava com ela. A primeira gestação foi aos 14 anos e após a separação, o pai ficou com a guarda da criança. Com este companheiro tem um relacionamento amigável. Sempre que possível se encontra com o filho. Com o segundo companheiro teve três filhos, dois meninos de 14 e 10 anos e uma menina de 12 anos. A guarda das crianças após a separação ficou com o pai. Relatou que com este companheiro sofreu violência doméstica, sendo, este fato somado à impossibilidade de criar os filhos, de não ter participado do cotidiano deles, favorece o sentimento de mágoa. Atualmente é casada, relata que este companheiro é amoroso e que se encontra feliz nesta relação. O filho atual foi desejado e fica emocionada em ser mãe novamente. L1 é muito apegada com o filho e tem insegurança e medo em perde-lo. Nota-se um sentimento de culpa por não ter acompanhado o desenvolvimento dos outros filhos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: as ferramentas genograma e ecomapa, e a sua utilização na interação com a mãe, possibilitou um cuidado de enfermagem mais direcionado, além do estabelecimento de relações de horizontalidade com a equipe, que passou a entender melhor o contexto da mãe e as suas condições de vulnerabilidade e enfrentamento, possibilitando um melhor acolhimento para esta família.

Palavras-chave


prematuro; relações familiares; enfermagem neonatal

Referências