Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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INDICADORES DA REDE CEGONHA EM UM DISTRITO SANITÁRIO DE SALVADOR, BAHIA, 2014
MELISSA ALMEIDA SILVA, LORENA REIS, MAYSA BRITTO, LEILA MATIAS ELOY, CLAUDINEIA ALMEIDA DE SOUZA, ÉRIKA PATRÍCIA CORREIA, MAURÍCIO WIERING, CATARINA CHAGAS

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: trata-se de uma pesquisa sobre alguns indicadores da Rede Cegonha em um distrito sanitário de Salvador Bahia, realizado por um grupo do Programa de Educação pelo Trabalho (PET Saúde - Prosaúde) nos anos de 2011 a 2013. A Rede Cegonha é uma estratégia fundamentada na humanização da assistência às gestantes, buscando assegurar o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada no ciclo gravídico-puerperal e às crianças até dois anos, um nascimento seguro e desenvolvimento saudável. Para o acompanhamento das informações relevantes sobre o estado de saúde e o sistema de saúde. OBJETIVO: Analisar quatro indicadores estratégicos da Rede Cegonha no Distrito Sanitário Barra/Rio Vermelho, Salvador, Bahia. METODOLOGIA: Dentre os indicadores da Rede Cegonha foram escolhidos quatro, sendo eles: Proporção de Óbitos Infantis e Fetais Investigados, Taxa de Incidência de Sífilis Congênita, Proporção de Gestantes com Captação Precoce no Pré Natal, Percentual de Óbitos de Mulheres em Idade Fértil (MIF) e Maternos Investigados. A coleta dos dados ocorreu em 2013 utilizando o DATASUS, através do TABNET – Salvador. O período analisado foi de 2011 a 2013. O método de cálculo seguiu a orientação do plano de ação oferecido pelo Ministério da Saúde. RESULTADOS: No indicador Proporção de óbitos infantis e fetais investigados, entre 2011 e 2012, houve aumento de 63,87% e entre 2012 e 2013, 96,98%. Em contrapartida, a análise de óbitos de mulheres sofreu redução de 10,6% (2011-2012) e 2,73% (2012-2013). A Taxa de incidência de sífilis congênita em menores de um ano apresentou 9,52% de aumento entre 2011 e 2012 e 56,52%, de 2012 a 2013; com um aumento em porcentagem de 71,42% entre 2011 e 2013. A captação precoce de gestantes reduziu em 6,59% (2011-2012). CONCLUSÃO: Observa-se que há deficiência na notificação, inconsistência no fluxo de informações, ausência de comitês de investigação, escassez de profissionais voltados para atuação no gerenciamento das informações notificadas. Os resultados apresentados evidenciaram um panorama precário e com muitas falhas, demonstrando que há muito para ser construído no que se refere à assistência e promoção à saúde de gestantes e lactentes.

Palavras-chave


saúde materno-infantil; vigilância em saúde pública; indicadores básicos de saúde

Referências


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