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O PAPEL DO GRUPO TERAPÊUTICO DE HOMENS NA PERSPECTIVA DE VIDA DE USUÁRIOS DE UM CAPS ad DO RIO GRANDE DO SUL
Última alteração: 2015-10-22
Resumo
APRESENTAÇÃO: Após o surgimento da Reforma Psiquiátrica, criou-se um novo modelo de tratamento às pessoas dependentes químicas, surgindo assim o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS ad), com o intuito de trabalhar estratégias de promoção, prevenção, tratamento e reabilitação psicossocial, envolvendo todos os níveis de atenção à saúde dos usuários, articulado às demais políticas públicas, constituindo-se um espaço de referência, elemento norteador da rede de serviços substitutivos e porta de entrada para essa população(1). Dentre as atividades que o CAPS oferece aos usuários, podem ser citados os grupos terapêuticos. O grupo terapêutico potencializa as trocas dialógicas, o compartilhamento de experiências e a melhoria na adaptação ao modo de vida individual e coletivo. O grupo é entendido pelos usuários como um lugar onde ocorre o debate sobre a necessidade de ajuda de todos. No desenvolvimento das atividades, os participantes fazem questionamentos sobre as alternativas de apoio e suporte emocional (2). Objetivo: Tem-se por objetivo relatar a experiência de profissionais da área da saúde diante o grupo terapêutico de homens ofertado em um CAPS ad do Rio Grande do Sul. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência de uma pedagoga e uma enfermeira residente sobre o grupo terapêutico de homens que ocorre em um CAPS ad no interior do Rio Grande do Sul. O grupo foi criado devido uma demanda relatada pelos próprios usuários do serviço. Surgiu em maio de 2015, ocorre uma vez por semana, com duração de aproximadamente uma hora. Os temas abordados vão além do uso e abuso de substancias psicoativas, mas também sentimentos, patologias e demais assuntos que são sugeridos pelos participantes. RESULTADOS: Nota-se a importância que os grupos terapêuticos possuem na vida destes usuários, bem como a interação com os demais participantes, facilitando a troca de experiências, pois estão vivenciando situações semelhantes, o que por si só acaba esclarecendo as dúvidas que estes possuem, auxiliando a lidar com os sentimentos que os cercam(3). De modo geral, o grupo terapêutico possibilita o compartilhamento de experiências entre os participantes, propicia escuta, orientação e construção de projetos terapêuticos condizentes com as necessidades dos sujeitos. Ao mesmo tempo, a vivência em grupo favorece maior capacidade resolutiva, por possuir vários olhares direcionados para um problema em comum(4). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que o grupo terapêutico é parte fundamental no tratamento do dependente químico, melhorando sua autoestima e a maneira de enxergar a doença, seus medos e dúvidas frente a diversos assuntos. Ressalta-se ainda, a necessidade da criação de mais grupos terapêuticos incentivando estes usuários a reinserção social.
Palavras-chave
Saúde Mental; Grupos; Drogas.
Referências
Referências bibliográficas:
- Siqueira MM, Barbosa DA, Laranjeira R. As políticas públicas relacionadas às substâncias psicoativas. Enfermagem Atual. 2008;45:25-9.
- CARDOSO, C.; SEMINOTTI, N. O grupo psicoterapêutico no Caps. Cienc. Saude Colet.,v.11, n.3, p.775-83, 2006.
- OLIVEIRA, L. M. de A. C. et al. O acolhimento de familiares de pacientes internados em UTI: a tecnologia de grupo como estratégia para o cuidado de enfermagem. RevEscEnferm. USP. 2010; 44(2):429-36.
- SCHRANK, G.; OLSCHOWSKY, A. O Centro de Atenção Psicossocial e as estratégias para inserção da família. Rev. Esc. Enferm. USP, v.42, n.1, p.127-34, 2008.