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Percursos Formativos na RAPS: um olhar para a Saúde Mental Infantojuvenil
Última alteração: 2015-10-27
Resumo
O município de Coronel Fabriciano/MG foi contemplado na Chamada para Seleção de Projetos de Percursos Formativos na RAPS: Intercâmbio entre Experiências e Supervisão Clínico-Institucional, lançado pelo Ministério da Saúde, com o projeto para Rede em Formação na Linha de ação Saúde Mental Infanto-juvenil, tendo o município Ouro Preto/MG como rede receptora. O Projeto de Percursos Formativos na RAPS contempla apoio financeiro para que os municípios desenvolvam projetos de educação permanente para profissionais da Rede de Atenção Psicossocial, tendo como foco a troca de experiência entre profissionais - intercâmbio entre experiências.(BRASIL, 2013) Participaram do percurso de formação profissionais que atuam na Atenção Básica (UBS, ESF e NASF), no CAPS II e na Educação. Os profissionais foram selecionados de forma estratégica, priorizando os que atuam diretamente com o público infanto-juvenil e incluindo outros profissionais da rede contemplando os diversos pontos de atenção. Criamos um Grupo de Trabalho, composto pelos profissionais que participaram do intercâmbio, que se reunirá mensalmente a fim de discutir e propor ações a partir da experiência do percurso e construir um plano de ação. Pretende-se que cada um possa se responsabilizar por uma ação e que sejam multiplicadores dos princípios da reforma psiquiátrica no território em que estão inseridos. A proposta é envolver todos e fomentar o compartilhamento do saber estimulando os intercambistas a promover ações de educação permanente no território e com suas equipes de trabalho. O desenvolvimento desse projeto configurou-se como uma oportunidade de formação por meio da troca de experiências que nos permitiu conhecer iniciativas no âmbito da saúde mental que vem sendo desenvolvido em outros estados, além de possibilitar a reflexão sobre os nossos processos de trabalho, o que nos permite fortalecer as ações realizadas que garantem a qualidade do cuidado prestado aos usuários e pensar em novas ações que nos permitirão qualificar o cuidado e ampliar a oferta de ações. Os profissionais visitantes relatam mudanças nos processos de trabalho a partir do intercâmbio. Iniciaram novas práticas e tem discutido e articulado com as equipes de saúde da família essas novas práticas. A experiência de Ouro Preto, no que se refere a implantação do serviço (CAPSi), com apoio de diferentes setores, tem nos inspirado e alguns movimentos de negociação estão sendo realizados na tentativa de qualificar o cuidado ofertado ao público infanto-juvenil. Temos discutido a possibilidade de estabelecer parceria com outros serviços/instituições do município, e acreditamos que será possível construir um trabalho que possibilite atender a demanda do público em questão. Espera-se que através desta formação possamos construir uma rede de atenção psicossocial bem estruturada e fortalecer as parcerias existentes com outros setores, bem como estabelecer novas parcerias que permitam ampliar as possibilidades de intervenção e o acesso dos usuários a serviços de qualidade que tenham como base conhecimentos técnicos (Clínicos e políticos), e com profissionais que atuam de forma ética e comprometida com o ideal da reforma psiquiátrica.
Palavras-chave
educação permanente; saúde mental; infantojuvenil
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Especializada e Temática. Coordenação Geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas. Chamada para Seleção de Projetos de Percursos Formativos na RAPS: Intercâmbio entre Experiências e Supervisão Clínico-Institucional. Brasília: Ministério da Saúde, 2013. Disponível em: http://www.saude.ms.gov.br/751B686B-CCC4-4655-9CAB-040435FB45D7/FinalDownload/DownloadId-AB835062C7ED6C3BDA62BFB4565CC4A9/751B686B-CCC4-4655-9CAB-040435FB45D7/controle/ShowFile.php?id=148301. Acesso em: novembro/2013.