Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A “SEMANA INTEGRADORA” COMO MECANISMO DE METOODOLOGIA ATIVA: A INTEGRAÇÃO DISCIPLINAR EM AMBIENTE ACADÊMICO
André de Castro Rocha, Samuel de Sousa Custódio, Luis Eduardo dos Reis Silva Rosa, Alline Karolyne Cândida da Silva, André Bubna Hirayama

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: Promoção e prevenção em saúde são norteadoras na saúde, exigindo adequação na formação dos profissionais de saúde; assim, as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) da Graduação em Medicina passaram a pautar-se em uma formação generalista, humanista e reflexiva, em que o estudante tem autonomia no processo de ensino-aprendizagem. A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) implantou, em 2014, um Projeto Pedagógico de Curso com visão biopsicossocial, interdisciplinaridade e metodologias ativas. A “Semana Integradora” foi proposta para estimular pesquisa, discussão, reflexão acerca de problemas sociais e integração de dez das quatorze disciplinas do terceiro período, na intenção de facilitar sua assimilação e de trazer, para a realidade, o conteúdo teórico. O objetivo deste trabalho é descrever a realização da “Semana Integradora”, analisar aspectos positivos e negativos da atividade e verificar o cumprimento dos objetivos. DESENVOLVIMENTO: A Semana Integradora foi uma atividade em TBL (“Team Based Learning”) e metodologia ativa. Inicialmente foi entregue aos alunos um caso clínico que abordava uma história clínica de um caso de sífilis. A turma foi dividida em 10 grupos, sendo que  cada grupo representou uma disciplina da grade curricular, e teve o respectivo professor como um orientador durante a semana. A partir do caso clínico foram criados objetivos de aprendizagem específicos relacionados com a disciplina representada pelo grupo, e objetivos de aprendizagem gerais, mais simples, que foram  elaborados pelos professores participantes da atividade; dessa forma, cada grupo teve que elaborar 1 objetivo específico, e 10 objetivos gerais; o objetivo específico deveria ser apresentado sob a forma oral em um seminário ao final da semana, e os objetivos gerais deveriam ser entregues sob a forma de documento escrito, também ao final da semana. No fechamento da atividade, houve 10 minutos para apresentação e 5 minutos para discussão dos seminários. Quanto a avaliação, foi-se avaliado a participação e o envolvimento do aluno durante a semana, pelo professor orientador, a apresentação oral, e o documento escrito, utilizando-se como método a média ponderada. RESULTADOS: Utilizou-se o Arco de Maguerez para problematização, aplicando-se suas cinco etapas; Os pontos-chaves foram os objetivos gerais e específicos e as discussões nas apresentações. A criação de hipóteses de solução durante elaboração dos relatórios e apresentações auxiliaram na fixação do conhecimento. A integração disciplinar e o trabalho em grupo foram pontos positivos, dentro da nova proposta das novas DCNs. Os principais problemas estão na falta de organização e na falta de uniformidade dos objetivos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A Semana Integradora, no curso de medicina da UFG, funcionou como um método de ensino-aprendizagem inovador, o que demonstra a preocupação dos docentes em acompanhar as mudanças curriculares para a melhoria da formação do profissional da área da saúde, como prevê as novas DCNs. Mesmo com seus problemas técnicos, a experiência foi bastante enriquecedora para discentes e docentes.

Palavras-chave


(metodologia ativa)

Referências


BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Resolução no 3 de 20 de junho de 2014. v. 2014, p. 1–14, 2014.

CEZAR, P. H. N. et al. Transição paradigmática na educação médica: um olhar construtivista dirigido à aprendizagem baseada em problemas. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 34, n. 2, p. 298–303, 2010.

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