Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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AÇÃO EDUCATIVA SOBRE ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS COM ADOLESCENTES
Suellen Aparecida Vinci Carlos, Elisana Lima Rodrigues, Ana Rita de Oliveira Tucan, Giovana Eliza Pegolo

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A adolescência é caracterizada por intensas mudanças, especialmente em relação aos hábitos alimentares, influenciadas pela família, amigos, mídia, valores sociais e culturais. Neste contexto, a abordagem de temas relacionados a adoção de hábitos alimentares saudáveis representa um desafio e, ao mesmo tempo, a possibilidade imediata de empoderamento sobre alimentação e promoção da saúde. Acredita-se que informações sobre alimentação e nutrição pautadas em conhecimento científico e implementadas por meio de técnicas interativas proporcionem conhecimento adequado, que por sua vez, resultará em melhorias no comportamento alimentar e na prevenção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis na vida adulta, principalmente do excesso de peso e comorbidades associadas. O objetivo desta ação foi informar adolescentes sobre quantidades de sal, açúcar e óleo/gordura de alimentos industrializados frequentemente consumidos neste estágio da vida. Desenvolvimento: A ação foi realizada com adolescentes, de ambos os sexos, com idades entre 13 e 15 anos (n=30) de uma escola pública de Campo Grande (MS), em um único momento. Inicialmente foi aplicado um questionário sobre frequência de consumo de alimentos industrializados com o intuito de investigar a realidade desse grupo e nortear futuras atividades educativas. Em seguida realizou-se um diálogo sobre as quantidades de sal, açúcar e óleo/gordura encontrado nos alimentos a fim de despertar o interesse para o tema. As informações nutricionais apresentadas na embalagem constituíram o tema central desta ação. Foram discutidos os seguintes aspectos: relevância nutricional dos alimentos in natura; escolhas baseadas em alimentos com menor quantidade de açúcar, sódio e óleo/gordura; e quantidade de nutrientes por porção. Os adolescentes foram convidados a participar de uma dinâmica conduzida da seguinte forma: foram dispostos em uma mesa alguns alimentos industrializados e quantidades de sal, açúcar e óleo; para cada alimento indicar as quantidades de sal, açúcar e óleo. Ao final, revelou-se as quantidades reais presentes nos alimentos e a consequência do consumo excessivo ao longo do tempo. RESULTADOS E IMPACTOS: Foi possível constatar a reação de surpresa dos adolescentes com as quantidades de sal, açúcar e óleo/gordura contidos nos alimentos. Muitos adolescentes manifestaram conhecimento sobre as consequências à saúde. Em relação à frequência de consumo dos alimentos industrializados podem ser destacados os seguintes resultados: 16% e 19% dos adolescentes relataram consumo de chocolate e biscoito recheado, respectivamente, 1 vez/dia; 14% e 16% ingeriam suco de caixinha/lata ou refrigerante, 1 vez/dia; e 14% e 16% dos adolescentes relataram consumir macarrão instantâneo e salgadinho de milho 5 vezes/semana. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A maioria dos adolescentes demonstrou interesse em relação à adoção de hábitos alimentares mais saudáveis e redução de consumo de alimentos industrializados, considerado expressivo neste grupo. Contudo, cabe mencionar que muitos adolescentes não participaram da dinâmica e não expressaram intenção de mudança de hábito.  De forma geral, esta experiência possibilitou a constatação de lacunas e/ou ausência de conhecimento em relação à composição nutricional. Espera-se que ocorra redução na frequência de consumo de alimentos industrializados. Para tanto, sugere-se a inclusão de atividades educativas de forma contínua, baseadas na problematização, ou seja, considerando as realidades e demandas de cada público-alvo.

Palavras-chave


Adolescentes; Alimentos industrializados; Educação Alimentar e Nutricional.