Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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IMPACTO DA VIOLÊNCIA URBANA NO CONTROLE DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA, NORDESTE BRASILEIRO
Edenubia Pereira Felix, Andrea Caprara, Tamires Layane Lima, Joana nobre, Cyntia Monteiro

Última alteração: 2015-12-12

Resumo


Apresentação: A violência urbana é uma realidade epidêmica na maioria das grandes cidades do Brasil com mais de meio milhão de habitantes. A região Nordeste teve o maior Índice Homicídio Ano, em 2012. E, o Ceará foi o terceiro estado nordestino com maior índice, cuja capital Fortaleza liderou a lista nordestina. Situação que interfere em vários aspectos da saúde da população, inclusive no controle da dengue. O calculo do IDH funciona de acordo com o   índice que varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total). O bairro da Granja Lisboa com uma população de 52,042 e IDH de 0,169 fica localizado na regional V, com 570 mil habitantes com 18 bairros. Objetivo: A pesquisa busca analisar as repercussões da violência urbana no cotidiano do controle da dengue a partir da realidade de um  bairro do Município de Fortaleza, capital do Ceará, Nordeste brasileiro. Desenvolvimento do Trabalho Pesquisa descritiva e documental com abordagem qualitativa, dentro de um marco conceitual da pesquisa multicêntrica ecobiossocial sobre dengue e doença de Chagas na América Latina e no Caribe, realizada em bairros de Fortaleza, Ceará, no período de 2011-2013. Foi selecionado um bairro para o estudo atual, local com alto índice de violência. Para a coleta de dados foram utilizados diários de campo, relatórios de pesquisa e entrevistas com o agente de endemias e moradores. Na organização e análise dos dados, tomou-se como base a metodologia da análise de conteúdo, enfatizando a questão da violência e seu reflexo nas ações de controle da dengue. Resultados: Observou-se que a violência sobrepõe o interesse da população à saúde no caso da dengue, posto os altos índices de criminalidade, a inserção das drogas e seus desdobramentos, assim como, relatos de assaltos dos instrumentos de trabalho e fardamentos dos profissionais de endemias, no cenário estudado. Percebeu-se que essas questões atuam como situações limite no cotidiano do trabalho desses agentes, dificultando o acesso às casas e a mobilização social para organização comunitária no controle da dengue. Assim, a violência interfere na organização social em prol da saúde coletiva, e possui uma ligação direta com a questão da desigualdade social e com a inadequação das políticas públicas. Considerações Finais: Na concepção atual da saúde, a segurança é um fator importante para alcançar um ambiente saudável. Neste estudo, a violência foi um dos entraves para o controle da dengue, e, ao mesmo tempo, está presente nos determinantes da doença. A forma de organização social da população e a privação de um ambiente seguro distanciam as pessoas da participação social no controle da dengue, sendo necessário promover novas intervenções na problemática exposta.  

Palavras-chave


violência, urbana, dengue

Referências


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