Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Saúde Coletiva: a relação dos afetos na Atenção à Saúde
Maísa Melara

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


A Saúde, a ser entendida como um objeto ampliado, essencialmente, torna-se transdisciplinar. Faz-se o tempo de uma dissociação prática do conceito saúde/doença. Dentro de um contexto social, produzir cuidado à Saúde requer ações diferenciadas das de que, corriqueiramente, são produzidas em atribuição as doenças. Viver a Saúde demanda atividades coletivas e integradoras. Afinal, ninguém, ao certo, sabe o que é Saúde. Dessa forma, o pensar Saúde pode encontra-se em um processo. Não mais, somente, em um processo saúde/doença, mas em um caminho que procure, exclusivamente, as linhas da Saúde. Tal inquietação, que transcorre a humanização nos atendimentos à Saúde, moveu esta pesquisa. A procura por experiências, nos serviços públicos, que vivenciam a atenção inclinada à Saúde objetiva a investigação. Entretanto, assim como o conceito de Saúde, as relações de afeto produzidas nos serviços não são objetiváveis e, para dar à luz a esta discussão, de um ponto de vista não estruturante, optou-se pela construção de uma cartografia dos afetos nos serviços de Atenção à Saúde Mental no município de Foz do Iguaçu-PR. Para o desenvolvimento das conexões pretendidas – Afeto e Saúde, a necessidade de uma inserção efetiva no campo se coloca como fundamental. Escrever sobre as relações dos Afetos na Atenção à Saúde não com a intenção de as significarem, mas, sim, de procurar caminhos que melhor as articulem. Espera-se com o estudo, um questionamento sobre as relações sociais reproduzidas em um território de Saúde, assim como, identificações de potências a serem trabalhadas pela Saúde Coletiva nestes espaços.

Palavras-chave


Saúde Coletiva; Afeto; Saúde Mental.

Referências


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