Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
CONFLITOS CONJUGAIS: ELEMENTOS PRECIPITADORES E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO
Luana Moura Campos, Nadirlene Pereira Gomes, Raquel de Alcântara, Jordana Brock Carneiro, Fernanda Matheus Estrela, Gilvânia Patrícia do Nascimento Paixão, Nadjane Rebouças Gomes, Telmara Menezes Couto
Última alteração: 2015-11-17
Resumo
INTRODUÇÃO: A violência contra mulher, principalmente a que ocorre no âmbito das relações conjugais, pode trazer diversas repercussões para sua saúde. A fim de evitar tais situações, faz-se necessário compreender os fatores que preciptam conflitos conjugais. OBJETIVO: Identificar elementos que precipitem os conflitos conjugais, bem como estratégias para a resolução dos mesmos. MÉTODOS: Trata-se de um estudo de pesquisa-ação, com abordagem qualitativa. Participaram do estudo 10 mulheres em processo por violência conjugal junto à 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador, Bahia, Brasil. Elegeu-se grupo focal como técnica de coleta de dados. O estudo vincula-se ao projeto “Reeducação de homens e mulheres envolvidos em processo criminal: estratégia de enfrentamento da violência conjugal” financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB). Com o intuito de atender aos aspectos éticos da pesquisa, respeitou-se a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFBA através do parecer Nº 039699/2014. RESULTADOS: O estudo revelou que a infidelidade e o ciúme são os principais elementos que precipitam os conflitos conjugais. Como forma de enfrentamento, as mulheres mencionaram o diálogo e o término do relacionamento conjugal. Desprezar o cônjuge foi também apontado como estratégia para lidar com situações conflitantes. CONCLUSÃO: O estudo sinaliza estratégias de enfrentamento da violência na conjugalidade, as quais podem direcionar ações públicas que visem à mediação de conflitos conjugais. Estas podem ser implementadas por profissionais da saúde, da educação, do social, dentre outros.
Palavras-chave
Violência contra a Mulher; Educação; Profissionais da saúde; Enfermagem; Políticas públicas
Referências
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