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O envelhecimento populacional acontece de forma acelerada o que exige do setor público de saúde uma resposta imediata, principalmente relacionada à formação dos profissionais de saúde, em especial aqueles que atuam na Atenção Básica, responsáveis diretos pela promoção, prevenção e cuidado à saúde da pessoa idosa. Este estudo buscou compreender o processo de formação dos profissionais de saúde de nível superior, sobre a saúde da pessoa idosa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória, realizada com enfermeiros, médicos e cirurgiões-dentistas, que atuam na Atenção Básica em um município do Centro-Oeste brasileiro. O instrumento de pesquisa utilizado foi a entrevista semi estruturada. A análise dos dados foi feita utilizando-se a Analise de Conteúdo Temático, proposta por Bardin (1979) e revisitada por Minayo (2014). Foram entrevistados 31 profissionais (14 enfermeiros, 09 cirurgiões dentistas e 08 médicos). Da análise das falas foram identificadas quatro categorias: Formação sobre saúde da Pessoa Idosa: teoria superficial sem prática específica; A pessoa idosa: quem é ela e o que ela desperta nos profissionais de saúde; Aspectos da integralidade: da concepção ampliada à prática fragmentada; Distanciamento da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa das práticas na Atenção Básica. Tais categorias foram compostas conjuntamente com seus núcleos de sentido e ideias centrais. Verificamos que na graduação há pouca e/ou ausência de conteúdos de saúde da pessoa idosa, além de pouca procura e oferta por especializações em saúde da pessoa idosa, a aproximação da saúde da pessoa idosa ocorre por meio de outras experiências, já no mercado de trabalho. A educação continuada e permanente em saúde são ausentes do cotidiano do serviço. Sentimentos e percepções evidenciados no processo de cuidar das pessoas influenciam em situações vivenciadas em relação à pessoa idosa. Há uma concepção ampliada de saúde, porém há dificuldades de serem implementadas, devido a organização do serviço que ainda é centrado no atendimento e não na atenção, além disso, existe um desconhecimento sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Concluímos que a formação dos profissionais de saúde em relação à pessoa idosa é limitada, devido ao processo de formação que durante a graduação é superficial e o serviço oferece poucas oportunidades de qualificação. Diante desses pontos há necessidade de se investir em educação continuada e incentivar ações de educação permanente, visando melhorar a atenção à pessoa idosa.   

Saúde da Pessoa idosa, Profissionais de Saúde, Formação Profissional, Atenção Básica