Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DOS PORTADORES DE TRANSTORNO MENTAL EM UMA UNIDADE PSIQUIÁTRICA-PENAL (COMPLEXO MÉDICO PENAL, PINHAIS, PR,2014)
SONIA MARIA CRUZ LIMA, Angela Cristina Rocha Gimenes

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Em meio a tantas reformas legais e administrativas discutidas em todo o país nos últimos anos, há uma que passou quase despercebida pela sociedade: a reforma no atendimento psiquiátrico. Apesar disso, a reforma psiquiátrica consagrou inúmeros avanços na área da saúde mental com a aprovação da lei 10.216 de 6 de abril de 2001, mais conhecida como lei Paulo Delgado. Porém, muito ainda há de ser conquistado, principalmente em relação ao atendimento dos “loucos infratores”. A realidade dos manicômios judiciários ainda é a do mero depósito de “doentes mentais delinquentes”, o que foge completamente do objetivo da medida de segurança imposta – o tratamento e a ressocialização do sujeito. O presente trabalho desenvolvido dentro de uma Instituição Psiquiátrico-Penal mostra a relevância da Enfermagem no desempenho de suas atividades centradas nas necessidades do indivíduo portador de Doença Mental e Criminoso.  Para levantamento de pontos para a Construção de um projeto terapêutico de Enfermagem, como instrumento de pesquisa, foi utilizado questionário levando em consideração as características peculiares do Sistema Penal. Participaram trabalhadores da área de enfermagem e da Segurança, já que as funções de Enfermagem estão atreladas aos serviços dos Agentes Penitenciários.  Visamos buscar melhorias no atendimento aos privados de liberdade que cumpre medida de segurança no Complexo Médico Penal de Pinhais, PR. E após  análise das respostas, posso concluir que é necessário, e, importante a construção de um projeto terapêutico de Enfermagem, porém, há fatores internos e externos que interferem e impedem sua praticidade de forma satisfatória. No Complexo Médico Penal os Agentes penitenciários, apesar de serem marcados pelo conflito existente entre as responsabilidades de, por um lado custodiar, vigiar e punir e por outro lado reeducar e ressocializar pode-se dizer que talvez pelas características da Unidade, esses profissionais têm amadurecido, podendo contribuir muito ou até exercer como tal, um papel terapêutico, aconselhando, encaminhando e intervindo de forma científica no trabalho com o internado sob Medida de Segurança, já a Equipe de Enfermagem, não obstante a tantas dificuldades pode se dizer que tem realmente comprometimento com a assistência dos internados e desempenha suas funções com responsabilidade

Palavras-chave


cuidado, enfermagem,assistência ,doença mental

Referências


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