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A vivência do HIV para idosos a partir dos 60 anos nos faz deparar com dois grupos: 1. os que adquiriram este diagnóstico a partir desta idade e 2. os que vem envelhecendo com HIV demonstrando que a terapia antiretroviral está sendo positiva por prolongar a expectativa de vida, que antes era pequena. Contudo, em ambos os grupos faz-se necessário trabalhar com questões tanto que dizem respeito a rotina diária como alimentação, relações sociais, profissionais, afetivo-sexuais, cuidados básicos de convivência e assim por diante. Desta forma, neste trabalho pretende-se contar a experiência com grupos de idosos em sala de espera. Esta era formada por todas as pessoas que estavam na sala de espera e seriam atendidas no dia. O grupo discutia temáticas como: auto-cuidado, prevenção de doenças, promoção de saúde, relações familiares, visando potencializar o enfrentamento cotidiano de viver com HIV. Desta forma proporcionou ao idoso não apenas trocar experiências e refletir a respeito do viver com HIV, mas também acessar uma rede social com as pessoas que ali estavam de forma a ampliar os horizontes e potencializar os enfrentamentos necessários da vivência com HIV. Participaram 25 idosos, 15 mulheres e 10 homens, com idades entre 60 e 73 anos, duas acompanhantes, irmã e esposa de usuário. Os resultados indicam que o idoso realizava sozinho os cuidados com sua saúde, após o diagnóstico de HIV, sem auxílio de familiares ou rede social. O uso do preservativo era assistemático ou inexistente e não fazia parte do universo simbólico desta população. Sentiam-se isolados e não falavam sobre a soropositividade com ninguém, restringindo seus afetos e relações. Neste trabalho foi possível perceber que o trabalho grupal promove autonomia, trocas de afetos e de redes de apoio.

Trabalho em grupo, Idoso, HIV