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Roda de Diálogo
Última alteração: 2015-11-04
Resumo
A Roda de Diálogo do Ambulatório de Saúde Integral para Travestis e Transexuais da Paraíba (Ambulatório TT) surgiu de uma demanda proposta pelos próprios usuários (as) do serviço. O Comitê Estadual de Saúde da População LGBT, em reunião, avaliou a demanda e reforçou a importância da ideia. A partir daí a representante do movimento social de Mulheres Tans Feministas-PB/ASTRAPA -Ayune Bezerra, o representante do Movimento de Homens Trans - PETRIS -João Crispim e a Assistente Social do Ambulatório TT - Geysiane Santos se propuseram a dar vida e mediar a Roda de Diálogo, mobilizando e estruturando a atividade realizada com os homens Trans, mulheres Transexuais e Travestis acompanhadas pelo processo Transexualizador no Ambulatório TT. O objetivo da Roda de Diálogos é pautar assuntos de interesse coletivo da população transexual e travesti, levando em consideração anseios, dúvidas e assuntos pertinentes no cotidiano de cada um, contribuindo para o fortalecimento da construção de uma identidade de gênero e orientação sexual no qual se possam pensar políticas públicas inclusivas. A troca de experiências e de informações promove momentos para avaliar e revalidar o compromisso de cada um com um espaço que preze pela livre construção da identidade de gênero e orientação sexual. Os encontros acontecem uma vez por mês no auditório do Hospital Drº Clementino Fraga, com temas, horário e dia sugeridos pelos usuários (as). As temáticas abordadas são introduzidas através de dinâmicas para facilitar a descontração e interação, promovendo o ambiente confortável para que os (as) participantes fiquem a vontade e abertos à discussão do tema. A interação e entrega dos(as) participante trousse a eles(as) o impacto de perceber colocações e desabafos comuns a todos (as). Compartilhando situações semelhantes, vividas por cada indivíduo de uma forma diferente e única, este momento tão importante, leva em consideração a inserção do individuo no processo transexualizador, fazendo com que cada homem trans, mulher transexual e travestis se fortaleça na formação do seu “eu”, que não acaba com uma harmonização ou cirurgia de redesignação de sexo, mas se reafirma a cada dia, a cada momento, quando por exemplo a população trans sai às ruas em busca de frequentar uma sala de aula, a procura de emprego ou ao acessar os serviços de atenção básica à saúde. Em suma este momento que reúne os (as) usuários (as) do Ambulatório TT tem sido fator de mudança na vida e na construção de uma identidade de gênero e orientação sexual cotidianamente negada, no qual pessoas que não se encaixam em padrões normativos pré-estabelecidos na sociedade sofrem de forma radical e impiedosa a discriminação e negação de direitos.