Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
OFICINA EDUCATIVA COM OS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE SOBRE LEISHMANIOSE
Priscila Maria Marcheti Fiorin, Gabriela Piazza Pinto, Patricia Harumi Ueno, Nathan Aratani
Última alteração: 2015-11-04
Resumo
INTRODUÇÃO: A Leishmaniose é caracterizada por dois diagnósticos distintos, a Visceral e Tegumentar Americana, essas são zoonoses de manifestações clínicas variadas e estão em expansão no Brasil, tendo o estado de Mato Grosso do Sul como uma importante área endêmica. A transmissão ocorre através da picada da fêmea de insetos flebotomíneos das espécies de Lutzomyia longipalpis e L. cruzi, infectados enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do hospedeiro. O município de Campo Grande-MS apresenta ocorrência de casos humanos e caninos de leishmaniose visceral desde 2002 e é classificado como área com transmissão intensa. OBJETIVO: Relatar o processo de construção de uma oficina de capacitação para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) de uma Unidade Básica de Saúde acerca das formas de transmissão, sinais e sintomas e profilaxias da doença Leishmaniose. DESENVOLVIMENTO: Foi elaborado um plano de intervenção baseado no método do arco de Maguerez com as seguintes etapas: Observação da realidade; Levantamento de pontos-chave; Teorização; Hipóteses de solução e Aplicação do planejamento à realidade. Após, foi realizada uma oficina educativa para os ACS. RESULTADOS: Na 1ª etapa: os ACS relataram dificuldade sobre a Leishmaniose, visto que precisam orientar de maneira resolutiva os moradores. 2ª etapa: Realizadas pesquisas e diagnóstico situacional da região acompanhada durante o período de atividade prática na atenção básica. 3ª Etapa: Foi elaborada uma árvore de problemas e um plano de ação, seguindo as características e dificuldades encontradas na região. Após ocorreu o inicio do planejamento. 4ª Etapa: Execução do planejamento e avaliação da oficina educativa. O trabalho de execução da oficina educativa foi iniciado com uma dinâmica de “quebra gelo” com o objetivo de criar e fortalecer vínculos. Em seguida foi realizada uma “tempestade de ideias” com o tema Leishmaniose e levantadas várias palavras como: vetor; frutas podres; limpeza; folhas secas; morte; e outras. Na terceira atividade, intitulada “gincana dos cartazes”, o grupo de Agentes foi dividido em dois, um explanando sobre a forma de prevenção e o outro grupo Sinais e Sintomas da Leishmaniose. Por fim, realizou-se uma roda de conversa onde os grupos expuseram as imagens e os textos, discutindo o que sabiam para os outros participantes da ação. As dúvidas que surgiram ao longo roda de conversa foram elucidadas pelas acadêmicas que complementaram o satisfatório conhecimento prévio dos agentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A utilização do referencial teórico do arco na construção da oficina permitiu desenvolver o processo de educação permanente, visto que ao levantar as necessidades locais e elaborar planejamento das ações, resultou em uma oficina participativa, tendo o processo de construção tanto em equipe quanto individual de cada ACS, reforçando assim o empoderamento destes para o desenvolvimento das suas atividades em campo.
Palavras-chave
Doença Crônica; Educação Continuada; Insetos.
Referências
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