Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O USO DO RACIOCÍNIO CLÍNICO COMO METODOLOGIA PARA O ENSINO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Isabelle Campos de Azevedo, Diana Paula de Souza Rego Pinto Carvalho, Giovanna Karinny Pereira Cruz, Priscila Fernandes Meireles Câmara, Rita de Cássia Lira da Silva, Luísa Alves Pereira de Aquino, Jéssica Valeska Herculano Lima, Marcos Antonio Ferreira Júnior

Última alteração: 2016-02-12

Resumo


A formação atual de profissionais em nível técnico para a área da Enfermagem, assim como outras áreas específicas da formação profissional, requer mudanças no agir pedagógico, que deve dar ênfase ao ensino cujo foco é o aluno em detrimento ao modelo comportamentalista, centrado no professor e nos conteúdos. É importante que o raciocínio clínico seja estimulado por meio das mais diversas metodologias de ensino, pois esse processo de reflexão resulta em novas formas alternativas de pensar e agir em saúde, diante de diferenciados contextos. O presente estudo tem por objetivo relatar a experiência docente do uso do raciocínio clínico durante o ensino no curso técnico em enfermagem. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido a partir de vivência docente durante a disciplina de Semiotécnica do curso técnico em enfermagem de uma instituição privada, no mês de junho de 2014. As aulas teóricas, simulações e a resolução dos casos clínicos foram realizadas no laboratório da escola técnica, localizada na cidade de Parelhas/RN e os estágios aconteceram em um hospital público da mesma cidade. Faziam parte da turma 20 mulheres, com idade entre 18 e 38 anos. O conteúdo programático foi construído de forma a contemplar as temáticas referentes à Semiotécnica, como: lavagem de mãos; técnica de calçamento de luvas estéreis; uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI); preparo da cama hospitalar; mudanças de decúbito; admissão, alta e transferência do pacientes; administração de medicamentos; verificação de sinais vitais; banho no leito; feridas e curativos, dentre outros. Após a exposição dos conteúdos teóricos, as alunas frequentavam o laboratório para colocar em prática todo o conhecimento discutido em sala de aula, a partir de simulações e de casos clínicos que representavam a realidade dos serviços de saúde. Para a resolução dos casos era cobrado que fossem contextualizados conteúdos de anatomia, fisiologia, patologia, farmacologia, semiotécnica e outros. Desse modo, era exercitado o pensamento clínico, no qual o aluno não realizava apenas a técnica, mas sim uma práxis pensada, com o objetivo de atender as necessidades de saúde do paciente e de que o mesmo compreendesse e valorizasse mais o seu papel enquanto profissional da saúde. O aprimoramento constante do raciocínio clínico é um desafio para todos os profissionais da área de saúde e exige a utilização de múltiplas estratégias. Realizar o ensino-aprendizagem ancorado sobre o aprimoramento do raciocínio clínico não é um processo fácil, contudo, é necessário, uma vez que as ações dos profissionais interferem no complexo processo saúde/doença, e geram demandas de cuidados específicos aos indivíduos. Cabe ressaltar a importância de se observar os resultados advindos dessa formação, especialmente avaliar as transformações nos processos cognitivos e as propostas de mudanças nas práticas assistenciais.

Palavras-chave


enfermagem; ensino; educação técnica em enfermagem

Referências


Cerullo JASB, Cruz DALM. Raciocínio clínico e pensamento crítico. Rev Latino-Am Enfermagem. 2010;18(1).

 

Waldow VR. Reflexões sobre Educação em Enfermagem: ênfase em um ensino centrado no cuidado. O Mundo da Saúde São Paulo. 2009;33(2):182-88.