Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Facilidades e Limites para o Trabalho em Equipe e Prática Interprofissional em Terapia Intensiva: perspectiva dos profissionais da saúde
Elaine Amado, Rosana Brandão Vilela

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Apresentação: Diante das premissas do Sistema Único de Saúde, o hospital deve instituir a integralidade como um eixo organizador das práticas de saúde e estimular nos profissionais valores que sustentem um conceito ampliado de saúde. O cuidado integral requer um estreito relacionamento entre os membros da equipe e a colaboração interprofissional. Objetivo Geral: Conhecer as facilidades e limites para o trabalho em equipe e para prática interprofissional em terapia intensiva.  Percurso Metodológico: A pesquisa realizada foi de caráter exploratório, com metodologia qualitativa, realizada na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Público de Urgência e Emergência após aprovação no CEP com parecer de número 1.033.317. Participaram da pesquisa 40 profissionais, dentre estes, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas integrantes das equipes multiprofissionais da unidade de terapia intensiva adulto. A coleta de dados foi realizada com um questionário aberto. Como procedimento de análise de dados, foi realizada análise temática, uma das técnicas de análise de conteúdos. Inicialmente, trabalhou-se na organização dos documentos selecionados e na transcrição das entrevistas. Em seguida, foi realizada a leitura flutuante e a identificação do material de análise, constituindo assim o corpus da pesquisa. Por fim, foram identificadas as unidades de registro e de contexto para a formulação das categorias de análise e interpretação dos núcleos de significação encontrados.. Resultados: Os sujeitos da pesquisa evidenciaram como fatores facilitadores do trabalho de equipe e prática interprofissional: presença do diarista; discussão após a visita ao leito; definição de condutas (protocolos); conhecimento e jovialidade da equipe facilita comunicação; objetivos comuns centrados no paciente. Dentre as dificuldades foram relatados como limites pessoais: dificuldade de compartilhar conhecimento; resistência profissional ao trabalho colaborativo. Mas também fatores institucionais, como: indefinições de papéis e trabalho individual dentro de categorias de referência. Como sugestões para o aprimoramento da equipe foram apontadas a educação permanente; discussão de casos clínicos com a equipe multiprofissional; melhoramento da infraestrutura; conhecer o outro e valorização profissional; elaboração de protocolos. Considerações Finais: O estudo demonstrou que os profissionais de saúde da terapia intensiva percebem de maneira positiva o trabalho em equipe e prática interprofissional para o desenvolvimento de uma da assistência integrada e centrada nas reais necessidades do paciente. Os resultados demonstram também a necessidade de estabelecer momentos de reflexão com toda a equipe de saúde da terapia intensiva para que haja melhor consciência dos limites e facilidades identificadas naquele contexto, a fim de melhorar a comunicação e o relacionamento entre os profissionais.

Palavras-chave


trabalho em equipe; Interprofissional; UTI