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Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) “toda pessoa tem direito a um nível de vida adequado que lhe assegure, assim como à sua família, saúde e bem-estar, especialmente alimentação, vestuário, habitação, assistência médica e os serviços sociais necessários”. A garantia à moradia é uma condição determinante para a garantia da saúde integral da população. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem como objetivo relatar a participação de estudantes da área da saúde no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).  No Brasil com o processo de industrialização e urbanização iniciado na década de 30, houve a emigração populacional do campo para as cidades, como consequência têm-se a ocupação desordenada e desigual. Neste contexto surge na década de 90 no Brasil o MTST, que tem por objetivo principal a garantia do direto a moradia na cidade. A participação dos estudantes se deu por meio da participação ativa nas assembleias do movimento. Uma delas ocorreu no estado de Goiás, e foi realizada na cidade de Aparecida de Goiânia. Compareceram na reunião 451 famílias sem moradia própria. Neste encontro, foram repassados os informes acerca das conquistas e atuação do movimento, bem como o cadastro de novas famílias para o acesso a moradia. A atuação do MTST no estado de Goiás é fundamental para a garantia do Direito Humano à moradia, uma vez que não são implementadas as políticas públicas habitacionais sólidas, a fim de suprir as desigualdades sociais da população e assegurar qualidade de vida aos indivíduos. Neste contexto, a participação dos estudantes da área da saúde no movimento proporcionou vivência única e extremamente relevante pois, o reconhecimento da moradia enquanto fator determinante para a saúde de uma população, tem influência significativa na atuação do profissional, que pode, por meio do controle social, contribuir para a promoção da saúde e redução das injustiças sociais e fortalecimento da cidadania.

movimento social; educação superior; controle social