Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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CENTRO ACADÊMICO DE ENFERMAGEM “JOÃO XXIII”: UMA ESCOLA PARA A VIDA
Eduardo Barros, Mary Elizabeth Santana

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


O estudante, no decorrer de sua vida acadêmica pode optar pela participação nos espaços de formação política dentro da Universidade, sendo válido destacar que nossa conceituação por “espaço de formação política” diz respeito ao contínuo debate acerca de temas que estão intimamente relacionados com a vida universitária e acadêmica (MELO; BARRETO, 2012). Contudo, não se restringe somente a ela, pode ser por meio de discussões sobre saúde e saneamento básico, ou ainda sobre as condições de trabalho e renda da população brasileira. Portanto, é tido como um espaço para a prática de cidadania. Um desses espaços políticos que temos disponíveis é a entidade de base, conhecida como Diretório ou Centro Acadêmico (DA ou CA). Um Centro Acadêmico (CA) é uma entidade que representa todos os estudantes de um curso. E para representar, ele deve manter com seus estudantes um canal direto e permanente de contato, realizando as discussões, debates, palestras e reuniões de forma democrática e aberta a todos que quiserem participar. O Centro Acadêmico (CA) também deve buscar formas de incentivar a participação daqueles que não participam, trazendo-os para as suas atividades e construção. Dentre as funções básicas do CA está principalmente garantir o contato dos estudantes do curso com os órgãos de representação geral (Diretório Central dos Estudantes, Executivas de curso e etc.). Discutir soluções para os problemas do curso (como falta de professores, mudanças curriculares, matérias mal planejadas), garantir que haja representação dos estudantes nos órgãos colegiados e departamentos, fazer a recepção de calouros, organizar confraternizações e fiscalizar a faculdade também são importantes funções de um Centro Acadêmico. A partir de nossa atuação no Centro Acadêmico de Enfermagem da Escola de Enfermagem “Magalhães Barata” da Universidade do Estado do Pará (UEPA), nos sentimos sensibilizados a buscar além do conteúdo específico ministrado em sala de aula, fomos instigados ao engajamento nos movimentos sociais como componente fundamental para uma formação diferenciada do modelo biomédico, hospitalocêntrico e tecnicista (PIRES; MELO, 2008). Tivemos uma intensa participação nas esferas da vida universitária, e principalmente tomamos conhecimento do papel social que a universidade pública exerce ou deveria exercer frente às mazelas sociais, o reconhecimento e cientificidade da categoria. Portanto, essa experiência nos solidificou enquanto cidadão e fortaleceu a vontade em construir e lutar por um modelo de saúde universal, integral e equitativo em sua plenitude.

Palavras-chave


Movimentos Sociais; Centro Acadêmico; Enfermagem

Referências


MELO, M. C. B. de; Barreto, R. M. dos S. Percepção docente sobre a contribuição do movimento estudantil na formação e atuação do enfermeiro. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2012.

 

PIRES, C. D. de O. MELO, C. M. M. de. Gênese do Movimento Estudantil na Escola  de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (1947 – 1959). Esc. Anna Nery Revista de Enfermagem, v. 3, n. 12, p. 437- 43, set. 2008.