Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ANÁLISE DAS AÇÕES E SERVIÇOS VOLTADOS À SAÚDE INDÍGENA NOS PLANOS REGIONAIS DE REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE DO PARÁ: TRANSVERSALIDADE OU EQUIDADE?
Rosiane Pinheiro Rodrigues, Regina Fátima Feio Barroso

Última alteração: 2016-01-13

Resumo


Haja vista a necessidade de compreendermos os elementos teóricos e práticos que subsidiem análises e alternativas para entender as dificuldades de inserção da saúde indígena nos planos das Redes de Atenção à Saúde (RAS), com a finalidade do aprimoramento das dimensões da gestão, cuidado e dos processos de trabalho dos profissionais envolvidos nesta grande RAS. O objetivo geral foi analisar a inserção de ações e serviços voltados para atenção à saúde indígena nos planos das RAS, que abrangem os municípios que compõem o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)– GUAMÁ TOCANTINS/PA. O presente estudo foi realizado com uma abordagem qualitativa e quantitativa. Com utilização da análise temática de Bandin e análise documental. Local do estudo: DSEI Guamá Tocantins que compõem os 17 municípios do Pará e correspondem as 8 regiões de saúde: Metropolitana I, Metropolitana II, Metropolitana III, Caetés, Lago Tucuruí, Carajás, Tocantins, Baixo Amazonas. Instrumento e procedimentos de coleta de dados: Os dados foram obtidos em 2 etapas: a primeira foi com  aplicação da entrevista semiestruturada aos apoiadores e coordenador do DSEI GUATOC, apoiadores das 5 redes de atenção no Pará, bem como coordenadora estadual de saúde indígena e a segunda foi a análise  documental das ações e serviços contidos nos planos regionais da rede cegonha, psicossocial, urgência e emergência, doenças crônicas e rede do cuidado à pessoa com deficiência. Resultados parciais: Existe a compreensão pelos apoiadores/coordenadores de que essas RAS não contemplam a saúde indígena através das ações e serviços de maneira equânime. Os planos da Rede Cegonha são os primeiros planos que iniciam inserção de aproximadamente 30% das ações com vistas a contemplar as especificidades da mulher e da criança; e nos demais planos da Urgência e Emergência, da Pessoa com Deficiência, Da Psicossocial e das Doenças crônicas é quase incipiente. Percebe-se a existência de um pensamento de “transversalidade” do indígena em todas as demais redes, onde este não é visto em suas diferenças, com suas necessidades culturais e sociais garantidas pelo princípio da equidade.    

Palavras-chave


Redes; indígena; inserção

Referências


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