Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
RISCOS OCUPACIONAIS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM: UMA REFLEXÃO SISTEMÁTICA
Giselle de Santana Vilasboas Dantas, Janete Matos das Neves, Maurício das Silva santos, Mauro César Ribeiro, Jaine Kareny da Silva, Marcela Andrade Rios, Luana Andrade Machado, Dieslley Amorim de Souza
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
Apresentação: Dentre os profissionais de saúde, a equipe de enfermagem caracteriza-se como aquela mais susceptível a precarização do trabalho no cuidado direto e indireto ao paciente. Portanto, a identificação dos fatores laborais relacionados a essa precarização assistencial possibilita à classe buscar melhores condições para o desenvolvimento das suas atividades. Logo, o objetivo foi identificar os principais riscos ocupacionais do trabalho de enfermagem. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma revisão sistemática que analisou artigos, teses e dissertações, publicados na íntegra ou em suas versões resumidas em revistas indexadas, entre os anos de 1980 a 2012 no banco de teses da CAPES, Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde, UNICAMP-ACERVUS, LILACS, USPDEDALUS e UNIFESP. Resultados: Os profissionais de enfermagem que atuam em países subdesenvolvidos possuem as condições mais precárias, geralmente relacionadas às dificuldades políticas e econômicas nacionais. Embora haja exposição a riscos físicos, biológicos, químicos, psicossociais e ergonômicos, os principais riscos ocupacionais aos quais estão submetidos são aqueles relacionados ao manuseio de materiais perfuro-cortantes, surgimento de doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho e o estresse proveniente da sobrecarga de trabalho, turno noturno e enfrentamento conjunto do sofrimento dos pacientes. Essas ocorrências parecem estar relacionadas sobretudo aos vários vínculos empregatícios que a equipe de enfermagem possui o que contribui para o desgaste físico e psicológico. Considerações Finais: É necessária a rediscussão da biossegurança e o comportamento adotado durante o desenvolvimento da prática laboral a fim de reduzir os acidentes de trabalho. Deste modo, é imprescindível que haja intervenções educativas permanentes, condizentes com a realidade vivenciada por cada profissional, maior fiscalização sobre o trabalho para garantir proteção à saúde do trabalhador com vistas a diminuir a intensidade dos acidentes e incapacidade para as práticas assistenciais. Além disso, é essencial que os profissionais ampliem seu conhecimento sobre os seus direitos e amparos legais embasados nas normas regulamentadoras a fim de exigirem melhores condições de trabalho. Essa ação pode resultar significativamente na maior satisfação para o trabalho, redução de danos individuais, coletivos e melhoria da assistência para o paciente.
Palavras-chave
riscos ocupacionais; enfermagem; biossegurança.
Referências
LEITE, P. C.; SILVA, A.; MERIGHI, M. A. B. A mulher trabalhadora de enfermagem e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho. Rev Esc Enferm, v. 41, n.2, p. 287-91, 2007.
MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 5. ed. São Paulo: Hucitec, 1998.
SÁPIA, T.; FELLI, V. E. A.; CIAMPONE, M. H. T. Problemas de saúde de trabalhadores de enfermagem em ambulatórios pela exposição à cargas fisiológicas. Acta Paul. Enferm., v. 22, n.6, p. 808-813, 2009.
SANT‘ANNA, LF; SANTOS, HG. A História da Ergonomia e sua Importância para a Saúde do Trabalhador. 2010. Disponível em< http://www.fisioweb.com.br/portal/artigos/categorias/46-art-posturologia/970-a-historia-da-ergonomia-e-sua-importancia-para-a-saude-do-trabalhador.html. Acesso em 25 jan. 2012.