Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Perfil Vacinal dos Adolescentes Soropositivos Atendidos na Consulta de Enfermagem num Ambulatório Especializado de um Hospital Universitário no Município do Rio de Janeiro
Maria Teresa Colão Gonçalves, Amanda Gonçalves Gaspar, Inez Silva Almeida

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


INTRODUÇÃO: A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana) que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo das doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Atualmente sabe-se que o vírus HIV, causador da SIDA, não é somente adquirido pelos chamados grupos de riscos como profissionais do sexo e homossexuais como eram denominados tempos atrás. Neste sentido, sabendo da peculiaridade do ser adolescente, do pensamento mágico de que nada pode acontecer com ele e da necessidade de fazer parte de um grupo sendo este um forte influenciador de suas ações, é grande a preocupação com essa população frente a essa doença como ameaça e como realidade. OBJETIVO: Identificar o perfil vacinal dos adolescentes soropositivos acompanhados pelo programa de doenças infecto-parasitárias (DIP). MÉTODO: Este estudo é do tipo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. O instrumento de coleta de dados foi um banco de dados, criado pelas autoras para analisar o perfil vacinal da clientela em tela. No período de julho de 2014 a junho de 2015 foram analisadas as cadernetas de vacinação dos adolescentes com HIV, visto que é importante que eles estejam vacinados para prevenir patologias oportunistas. A vacina desencadeia a produção de anticorpos que tornam o organismo imune ou mais resistente a agentes infecciosos (e às doenças por ele provocadas).  Dos 78 adolescentes atendidos no ano de 2014, foram analisadas 52 cadernetas de vacinação. Ou seja, 66,6% do total de pacientes. Dentre os analisados, 63,4% estavam com a caderneta atrasada ou desatualizada e 36,6% com a caderneta completa. Vale ressaltar que 84,8% dos pacientes com a caderneta desatualizada foram encaminhados para tomar as vacinas e 15,20% ainda precisam ser encaminhados. Em relação às cadernetas completas, 21% já vieram ao serviço com as vacinas atualizadas e 79% ficaram completas após a intervenção da equipe de enfermagem. A partir disso, podemos traçar o perfil dos adolescentes quanto à vacinação, a fim de objetivar um direcionamento das ações de enfermagem para uma melhoria da qualidade de vida desses adolescentes.

Palavras-chave


vacina; adolescente; AIDS

Referências


  1. Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas  e  Procedimentos  para  Vacinação  /  Ministério  da  Saúde,  Secretaria  de  Vigilância  em  Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf. Dia: 28/05/2015 às 13:20h
  2. Lemos EO, Pedrosa DR, Raniéri PSG, Pires CAA, Queiroz AM. Avaliação do cumprimento do calendário de vacinação dos adolescentes de uma escola municipal. Adolesc Saude. 2013;10(2):23-29