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Perfil Vacinal dos Adolescentes Soropositivos Atendidos na Consulta de Enfermagem num Ambulatório Especializado de um Hospital Universitário no Município do Rio de Janeiro
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
INTRODUÇÃO: A Aids é uma doença causada pelo vírus HIV (vírus da imunodeficiência humana) que ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo das doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Atualmente sabe-se que o vírus HIV, causador da SIDA, não é somente adquirido pelos chamados grupos de riscos como profissionais do sexo e homossexuais como eram denominados tempos atrás. Neste sentido, sabendo da peculiaridade do ser adolescente, do pensamento mágico de que nada pode acontecer com ele e da necessidade de fazer parte de um grupo sendo este um forte influenciador de suas ações, é grande a preocupação com essa população frente a essa doença como ameaça e como realidade. OBJETIVO: Identificar o perfil vacinal dos adolescentes soropositivos acompanhados pelo programa de doenças infecto-parasitárias (DIP). MÉTODO: Este estudo é do tipo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. O instrumento de coleta de dados foi um banco de dados, criado pelas autoras para analisar o perfil vacinal da clientela em tela. No período de julho de 2014 a junho de 2015 foram analisadas as cadernetas de vacinação dos adolescentes com HIV, visto que é importante que eles estejam vacinados para prevenir patologias oportunistas. A vacina desencadeia a produção de anticorpos que tornam o organismo imune ou mais resistente a agentes infecciosos (e às doenças por ele provocadas). Dos 78 adolescentes atendidos no ano de 2014, foram analisadas 52 cadernetas de vacinação. Ou seja, 66,6% do total de pacientes. Dentre os analisados, 63,4% estavam com a caderneta atrasada ou desatualizada e 36,6% com a caderneta completa. Vale ressaltar que 84,8% dos pacientes com a caderneta desatualizada foram encaminhados para tomar as vacinas e 15,20% ainda precisam ser encaminhados. Em relação às cadernetas completas, 21% já vieram ao serviço com as vacinas atualizadas e 79% ficaram completas após a intervenção da equipe de enfermagem. A partir disso, podemos traçar o perfil dos adolescentes quanto à vacinação, a fim de objetivar um direcionamento das ações de enfermagem para uma melhoria da qualidade de vida desses adolescentes.
Palavras-chave
vacina; adolescente; AIDS
Referências
- Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2014/dezembro/11/Manual-procedimentos-vacinacao-web.pdf. Dia: 28/05/2015 às 13:20h
- Lemos EO, Pedrosa DR, Raniéri PSG, Pires CAA, Queiroz AM. Avaliação do cumprimento do calendário de vacinação dos adolescentes de uma escola municipal. Adolesc Saude. 2013;10(2):23-29