Rede Unida, Encontro Regional Norte 2015

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Incontinência Urinária feminina: Revisão Bibliográfica
Liseane Bello facanha, Larissa Lustosa da Costa Lustosa, Nadine Matos Andrade, Naiara Lima Pereira, Suzana Maria da Silva Ferreira, Orácio Carvalho Ribeiro Junior

Última alteração: 2016-01-21

Resumo


INTRODUÇÃO: A incontinência urinária (IU) é definida como qualquer perda involuntária de urina pela uretra, possível de ser caracterizada como um problema social e/ou higiênico (Frare.,et al 2011). Segundo Lopes (2012) A IU é classificada em três tipos , a  IU de esforço - perda de urina concomitante a um esforço físico como pular, tossir, espirrar; IU de urgência - perda de urina precedida de urgência miccional; e IU mista - perda de urina nas duas situações anteriores. Sarcomori (2013) aponta que a prevalência da incontinência urinária em mulheres pode variar de 10% a 55% em todo o mundo, dependendo da população estudada e do critério empregado para o diagnóstico, o que a torna um problema de ordem de saúde pública que merece maior atenção. METODOLOGIA: A presente pesquisa classifica-se como exploratória, na qual se realizou um levantamento bibliográfico nas bases de dados Lilacs e Scielo de artigos científicos publicados referentes aos achados sobre incontinência urinária em mulheres nos últimos 5 anos e utilizando as palavras-chave como método incontinência urinária associado à mulher. ANÁLISE DOS RESULTADOS: Segundo Frare (2011) Os episódios de IU são causadores de constrangimento social, disfunção sexual e baixo desempenho profissional. No entanto, muitas mulheres consideram esta patologia uma condição normal e resultado do processo de envelhecimento, fato que as leva a não procura por tratamento e, quando o fazem, em geral, é tardiamente. Fitz et al.,( 2012)  Aponta que em aspecto geral, as mulheres com IU referem-se a limitações em níveis físicos (praticar esporte, carregar objetos), alterações nas atividades sociais, ocupacionais e domésticas, influenciando de forma negativa o estado emocional e a vida sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Como observado nos artigos a IU foi causa de restrições nas atividades sexuais, sociais, domésticas e ocupacionais, desencadeando sentimentos de baixa auto-estima na mulher e interferindo na sua vida. Vale ressaltar que muitos casos não serão diagnosticados pela falta de busca de tratamento por parte da clientela e pelo despreparo dos profissionais de saúde na abordagem, diagnóstico e tratamento. Além do tratamento clínico ou cirúrgico, deve-se ressaltar a importância da orientação quanto ao manejo do problema, de forma mais adequada em cada caso. A equipe de enfermagem tem um papel importante junto dessas mulheres na prevenção e na orientação do manejo adequado.


Palavras-chave


saúde da mulher; educação em saúde; incontinência urinária em mulheres

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