Última alteração: 2016-01-21
Resumo
Este trabalho aborda sobre planejamento e gestão na dispensação de psicofármacos realizada na farmácia de uma unidade hospitalar localizada no Alto Rio Negro, medicações estas prescritas no âmbito da atenção básica (AB). O objetivo é detectar as deficiências no abastecimento destas medicações na AB que culminam na dispensação do elevado e crescente número de prescrições médicas na farmácia desta Unidade. Conhecendo a dimensão dos custos destas medicações controladas, dos recursos repassados às unidades hospitalares e o tempo de liberação destes, dos ciclos das demandas originárias da AB ineficiente, do limitado suprimento enviado às unidades, deve-se ter o extremo cuidado com o sistema logístico da farmácia hospitalar, mantendo um estoque e guarda adequado destes produtos. O plano de ação proposto para identificar as deficiências no abastecimento de psicofármacos na AB e controlar a dispensação na unidade hospitalar destaca reuniões com foco na interdisciplinaridade e reavaliação nas condutas durante os atendimentos dos pacientes encaminhados ou de demanda espontânea. Outra ação proposta devido à ausência de CAPS, NASF ou outras estruturas no âmbito da AB, foi o planejamento de ações para atender a demanda nas dependências do hospital, evitando, assim, aglomeração de pessoas, desorganização e falhas nos atendimentos prioritários. O monitoramento das proporções de atendimentos em SM (incluindo os usuários de álcool e outras drogas; total de atendimentos por grupo etário e sexo; total de internações hospitalares em decorrência dessas morbidades, índice de suicídio e tentativas), são essenciais como indicadores da ausência ou ineficiência da AB. Para consolidar o controle da elevada dispensação de psicofármacos, essa proposta de intervenção visa avaliar as altas taxas de polimedicação sem uma vidência ou um diagnóstico que justifique o aumento das dispensações de psicofármacos na farmácia do hospital. Estas ações permitirão a elaboração de indicadores que visam promover um bom planejamento, estabelecendo prioridades, sempre atento à disponibilidade orçamentária e, dentro das possibilidades técnicas, iniciar a padronização de psicofármacos que atendam à demanda diagnosticada. Racionalizando e organizando a gestão farmacêutica intra-hospitalar, a garantia de segurança, eficácia, qualidade e acesso do cliente a medicamentos ditos essenciais, preconizados no Plano Nacional de Medicamentos (PNM), serão facilmente alcançados.
Palavras-chave
Referências
ABDON, C.; FERREIRA, M.C.; TEIXEIRA, C. Planejamento & Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde. Série: Informação para Tomadores de Decisão em Saúde Pública. São Paulo: Bireme/Opas/OMS, 2002. p. 23.