A Educação Permanente em Saúde é a aprendizagem no cotidiano do trabalho, em que aprender e ensinar se incorporam ao dia a dia das organizações e ao trabalho. Essa prática se fundamenta na aprendizagem significativa e na possibilidade de transformar as práticas profissionais. Objetivo: Trata-se de um debate que visa descrever as experiências de Educação Permanente em Saúde (EPS) dos profissionais de saúde no interior do Amazonas e identificar o processo micropolítico, tomando como um caso a Região de Saúde Rio Madeira/AM. Metodologia: Compartilhamos o pensamento de Michel Foucault quanto à produção do discurso, em que os principais atores foram os profissionais de saúde do SUS da Região. Estabelecemos diálogos sobre o processo de trabalho deles e formamos categorias com referência ao desenho do Quadrilátero da Formação – assistência, ensino, gestão e participação. Análise: Vivenciamos a dinâmica de aprender a aprender no convívio com as realidades em que visualizamos a EPS no mundo do trabalho, inclusive no nosso, e que se tornou significativa por interrogar as questões que pertencem à relação entre o trabalho e o trabalhador no cotidiano. Contagiar-se dessa produção de mundo, superou as nossas categorias e se tornou uma mágica Mandala Amazônica que possibilitou reflexões e a concretização de um trabalho alegre e gratificante. Tivemos a oportunidade de relatar e nos implicar com a experiência, vividas em ato – elas vêm encharcadas no seu conteúdo e na modelagem dos saberes desenvolvidos no cotidiano da pesquisa e do trabalho no SUS –, com destaque nas dimensões micropolíticas das potências territoriais. Contribuições: A EPS pode ser uma estratégia fundamental para um novo cenário de consolidação do SUS. Apontamos a integração ensino-serviço através dos internatos rurais, do VER-SUS, da EPS em Movimento, Formação de Docentes em EPS como estratégias potentes em ativar as vivências significativas para a melhoria do cuidado à saúde. Aliado a esses processos, entendemos que a EPS acontece todos os momentos que as equipes de saúde e gestores estejam problematizando a sua prática de trabalho. Esses estudos e reflexões fazem parte das atividades do Laboratório de História, Políticas Públicas e Saúde na Amazônia – LAHPSA.