Eirunepé é um dos 62 munícipios do Estado do Amazonas que mais notificou casos de malária nos últimos 5  anos (2010-2015), considerando essa situação, necessitou-se urgentemente da ampliação de laboratórios em pontos estratégicos e contratação de novos profissionais e concomitantemente  a necessidade de formação permanente dos mesmos, visando um diagnóstico e  tratamento de forma segura e correta.  Identificou-se o baixo grau de escolaridade dos profissionais, o que dificulta um entendimento rápido e eficaz de manuais e portarias, assim a partir de conversas informais, observação da rotina e da cultura, e considerando  que a maioria são de área rural,  distante da sede do município, que possuem hábitos e costumes diferentes, elaborou-se planilhas ilustrativas com figuras de comprimidos, horários (identificando dia e noite) por desenhos,  para ser usada, mas sempre baseada no manual terapêutico de malária. Essa ação surtiu efeito, pois a partir do uso das planilhas ilustrativas os tratamentos que não funcionavam, ou que não eram aplicados de forma adequada, por falta de entendimento, começaram a dar certo, e assim é possível realizar tratamento correto e adequado apenas com estratégias diferente de outras localidades ou região. Adotou-se como metodologia observação da rotina dos trabalhos desses profissionais, rodas de conversas, identificando quais as maiores dificuldades para aplicabilidade do manual terapêutico de malária, leituras do mesmo, e prática com antimaláricos. Os resultados evidenciam que a EPS tem o objetivo de transformar as práticas profissionais, aprimorando-as e da própria organização do trabalho, tomando como referência as necessidades de saúde das pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde. Dessa forma, as atividades educativas devem ser contextualizadas com a realidade do trabalho em saúde tendo a participação dos trabalhadores na identificação das necessidades de aprendizagem, tendo como principal estratégia o diálogo e a construção coletiva do conhecimento.