Rede Unida, Encontro Regional Norte 2015

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GRUPO DE PREVENÇÃO AO PÉ DIABÉTICO
Solane Pinto de Souza, Luene Silva Costa, Danielli Figueiredo Fernandes, Renato Fonseca de Manezes, Maria Núbia Pereira dos Santos, Isabelle Rolim Marinho, Inah Lopes de Souza, Luzia Andrade Costa

Última alteração: 2016-01-21

Resumo


O Diabetes Mellitus é considerado um problema de saúde pública que atinge uma parcela considerável da população mundial, afeta cerca de 387 milhões de pessoas em todo o mundo, podendo atingir 592 milhões de pessoas até 2035. Este relato de experiência mostra a atuação de um grupo multiprofissional que visa prevenir complicações inerentes ao pé diabético no município de Parintins, Amazonas. Dentre as complicações crônicas do diabetes, as úlceras dos pés ou o pé diabético e consequentemente as amputações são as que geram maior impacto socioeconômico  devido  a sua  maior gravidade. Esta complicação apresenta uma incidência anual de 2%. O diabético apresenta um risco de 25% em desenvolver ulceras nos pés ao logo de sua vida. Diante dessa problemática, a equipe foi implantada para acompanhar e orientar os pacientes diabéticos no autocuidado com os pés, tendo como diferencial o atendimento itinerante, garantindo atendimento inclusive aos ribeirinhos. Tem como objetivo melhorar o autocuidado para minimizar a prevalência de casos de pés diabéticos que possam evoluir para possíveis amputações. A equipe realiza a busca ativa dos diabéticos através do agente comunitário de saúde; faz-se o acolhimento e entrevista prévia para avaliar o conhecimento do paciente em relação a sua doença e posteriormente participa de oficinas temáticas, as quais antecedem as avaliações com a equipe multiprofissional. Foram atendidos 190 pacientes, destes 128(67,36%) eram mulheres, predominantemente idosos 116 (61,05%), com menos de cinco anos de tratamento, 69 (36,31%), em uso de mais de um medicamento, 72 (37,89%), 30 (15,78%) fazem uso de insulina NPH, 90 (47,36%) desses pacientes são hipertensos. No que se refere a avaliação dos pés, 80 (42,10%) pacientes apresentaram exame físico alterados, e 49 (25,78%) apresentaram alteração na sensibilidade. Diante dos resultados apresentados pelo grupo ficou evidente a falta do autocuidado, diagnóstico tardio o que contribui para o aparecimento de complicações. O grupo acredita que através da educação destes pacientes será possível melhorar esta realidade. É sabido, que o autocuidado é o ponto principal para o sucesso terapêutico, sendo o mesmo alcançado naqueles que realmente desejam ter uma evolução satisfatória de sua doença, e consequentemente, o mínimo de complicações.


Palavras-chave


Equipe multidisciplinar; pé diabético; Diabetes mellitus

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégia para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2013.

COSTA, A. A.; ALMEIDA NETO, J.S. Manual de Diabetes: educação, alimentação, medicamentos, atividade física. 5ª edição. São Paulo: Sarvier, 2009.

SOCIEDADE BRASILEIRA DO DIABETES. Atlas do Diabetes. International Diabetes Federation atualização 2014. Disponível em:<http://www.diabetes.org.br>. Acesso em: março de 2014.