O Ensino Superior de Enfermagem busca formar profissionais que sejam comprometidos com o público ao qual prestará assistência, observando as práticas éticas e a individualidade do ser. Para a atenção à saúde dos povos indígenas, este comprometimento deve ser mais acentuado pela grande diversidade existente, e exige uma maior atenção dos profissionais de enfermagem, pois nas habilidades normalmente oferecidos ou tratados durante a academia não apresentam orientações a serem destinadas ao cuidado com povos indígenas. Apesar de existir grande quantidade de material bibliográfico que aborda as questões da saúde indígena e do progresso das políticas públicas de saúde, essas apontam para necessidade de melhorar a formação dos profissionais para atuarem na atenção à saúde indígena. Observa-se dessa forma a necessidade de ressaltar a influência da academia na formação do profissional que poderá atuar na atenção à saúde do indígena. O estudo pretendeu conhecer a percepção dos alunos sobre a abordagem da academia e sua atuação na saúde indígena, assim como contribuir na discussão do tema, e ampliar o olhar de trabalhos da pesquisa sobre saúde indígena. Este trabalho foi caracterizado como uma pesquisa de campo do tipo exploratório com caráter qualitativo sendo realizada na Escola Superior de Ciências da Saúde da Universidade do Estado do Amazonas, sua abordagem foi através da análise de conteúdo na perspectiva de Bardin. O foco deste estudo foi concentrado nos atores representantes do 8º período do 2º semestre de 2014, sendo estes 10 finalistas do curso de graduação em Enfermagem. Com a análise das entrevistas, foi possível observar a percepção dos entrevistados sobre o processo de formação na academia e sua relação com a atuação na Saúde Indígena, revelando a desmembramento do ensino e a dificuldade em integralizar a atenção à saúde, no que diz respeito a povos culturalmente diversificados. Há então, necessidade em promover uma melhora na promoção da prestação de serviços a saúde, através da transformação do processo de preparo dos profissionais que poderão atuar na área, compreendendo que o indivíduo indígena não está restrito a regiões demarcadas, mas faz parte da clientela atendida diariamente nos serviços de saúde das metrópoles.