Rede Unida, Encontro Regional Norte 2015

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Qualificação das Parteiras Tradicionais no Amazonas
Sandra Cavalcante Silva

Última alteração: 2016-01-21

Resumo


O trabalho com Parteiras Tradicionais inicia-se no Amazonas, em 2009, a partir das Diretrizes Políticas e Técnicas do Ministério da Saúde que reconhece que o Parto e Nascimento Domiciliar assistidos por parteiras se faz presente no Brasil, principalmente nas Regiões Norte e Nordeste. Os índices de mortalidade materna e neonatal na região amazônica ainda encontram-se em patamares muito elevados, justificando a prioridade do Estado em fortalecer toda a Rede de Atenção à Saúde Materna e Neonatal. A capacitação de Parteiras Tradicionais, preconizada pelo Ministério da Saúde, entra como estratégias da Gestão Estadual de Saúde do Amazonas, a partir do Projeto Parteiras Tradicionais: inclusão e melhoria da qualidade da assistência ao parto domiciliar no Sistema Único de Saúde/SUS, sob a Coordenação da Área Técnica de Saúde da Mulher. . Descrição da Experiência: Com o processo de ensino aprendizagem viabilizado pelo Curso EPS em Movimento/ UFRGS, este destinado a formação de tutores, desenvolvido no ano de 2014, demandava-se produzir uma Caixas de Afecções – para os achados significativos - e um Diário Cartográfico, para construção de narrativas. A ideia era trazer a dinâmica do mundo do trabalho, da vida para ser compartilhada, com as experiências de aprendizados, trocas e compartilhamentos para cena das discussões presenciais e via comunidade de prática. Nesse contexto é que uma narrativa foi feita a partir de um relato de uma parteira, e isto produziu deslocamentos do “já sabido” sobre o cardápio e o que ele se propunha a oferecer para as Parteiras Tradicionais. Pensar e repensar o que para além da capacitação poderia produzir conexões potentes nos encontros com as parteiras do amazonas, diante da multiplicidade e da singularidade de seu contexto, este foi o norte dado a partir da experiência relatada que também expressava uma falta de reconhecimento do papel da parteira. Resultados alcançados: A narrativa que trouxe o ponto de vista da parteira em sua expectativa com o curso e com a sua posição no mundo, abriu espaço para problematizações e para uma ressignificação dos encontros com as parteiras, e seus pontos de vista podem compor novos arranjos e pactuações no tocante aos arranjos de rede e modos de cuidar, abrindo espaço para os agenciamentos. A Educação Permanente e seus movimentos mostrou-se como estratégia potente para a ampliação de espaços coletivos e de ativação de pessoas implicadas com a produção do cuidado, da


Palavras-chave


Parteira Tradicional; Vinculação à Atenção Primária em Saúde/APS; Capacitação/Qualificação; Atenção Obstétrica e Neonatal; Educação Permanente em Saúde.

Referências