Introdução: Relato a partir da vivência em Saúde Coletiva na Universidade Federal do Amazonas, onde fomos instigados a despertar o nosso olhar crítico sobre Promoção da Saúde diante da vulnerabilidade social de uma comunidade periférica de Manaus. Atividade coerente com as diretrizes curriculares para a graduação em medicina (2014), reconhecendo maneiras de interpretar a doença e produção da saúde e as necessidades dos usuários do SUS. Descrição da experiência: Famílias que se equilibram em marombas, para chegar as suas casas estão à mercê de ações pouco efetivas, já que a saúde é considerada um produto social, resultado das relações entre os processos biológicos, culturais e econômico-sociais que acontecem em determinada sociedade e que geram as considerações de vida das populações (MENDES, 1996). A construção de saberes aliado a equipe multiprofissional é vital para atenção primária, por isso, vislumbrar a comunidade não apenas com um olhar desarmado, mas também com um olhar antropológico, para entender o porquê dos processos físicos e psicossociais vividos naquele ambiente. Partindo desta compreensão, podemos pensar em políticas e ações sociais com efetiva aplicabilidade. Torna-se importante a identificação social, econômico e ambiental da população, quantificando e qualificando as necessidades coletivas traçando um perfil epidemiológico e respeitando seu espaço, que poderá evitar transtornos futuros como dificuldades para a aplicação das estratégias. Resultados Alcançados: A equipe da UBS mostrou-se interessada com a nossa visita e a maneira que os acadêmicos podem contribuir, fizemos a prática de promoção da saúde do homem- novembro azul, com rodas de conversa e dinâmicas com temas a respeito da diabetes. Não podemos salvar o mundo e assumir a responsabilidade, contudo, podemos levar para a nossa vida, pois seremos futuros profissionais e tratar o outro com reciprocidade, da mesma maneira que gostaria de ser tratado é uma premissa que nem sempre é colocada em prática. Repercussões da Experiência: É necessário desengessar idéias pré-concebidas e redimensionar para necessidades, atrelando a promoção da saúde com uma equipe afinada em termos técnicos, de gestão e atendimento. Enquanto acadêmicos, visualizamos um caminho aberto a novas aprendizagens, já que o excesso de teoria sem o contato com o usuário torna-se uma tabula rasa. O futuro instrumento de trabalho pode fazer a diferença, com a arte de ouvir integrando o conhecimento teórico prático.