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Saúde Rural: quando o HIV chega na mulher do campo...
Última alteração: 2016-01-21
Resumo
APRESENTAÇÃO: Relato de intervenção social em meio rural como uma experiência de promoção em saúde com produtoras rurais beneficiárias de programa de habitação de interesse social (Minha Casa Minha Vida) nas comunidades Lago do Limão e Caldeirão, no município de Iranduba- Amazonas. DESENVOLVIMENTO: Esta ação foi promovida pelo NÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO SÓCIO EDUCATIVO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE – NUSSEMAC, uma organização social com fins não lucrativos que oferece orientações nos eixos: educação ambiental, patrimonial e em saúde, mobilização social e comunitária e geração de renda. A campanha “Saúde para Mulher do Campo” teve como objetivos: sensibilizar as produtoras rurais para a realização do aconselhamento e testagem anti-HIV; distribuição de preservativos masculino e feminino; discussões sobre as implicações das DST no cotidiano das relações afetivas e sexuais; abordagem das questões de gênero e vulnerabilidade; abordagem dos ‘modos de uso’ e negociação do preservativo. A atividade foi desenvolvida por enfermeira e assistente social vinculadas ao Instituto Isaias Abisai, de Manaus-AM. A ação ocorreu em finais de semana do mês de dezembro de 2014, onde a equipe palestrou na associação comunitária e percorreu as comunidades rurais do interior do Amazonas entrando de casa em casa. RESULTADOS: A campanha contribuiu para o acesso à informação (locais disponíveis para atendimento, gratuidade de preservativos, testagem e tratamento na rede pública) e esclarecimento de dúvidas que surgiam no grupo. Propiciou que os participantes avaliassem seus riscos para infecção pelo HIV e outras DSTs. Foram visitadas 172 famílias que receberam folder, preservativo e o lacinho alusivo à campanha mundial de prevenção ao HIV. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Buscou-se constituir uma abordagem reflexiva e participativa no local onde a vida real acontece, transpondo a tendência prescritiva encontrada nas intervenções no âmbito da prevenção com base na “pedagogia do terror”. Observamos a potencialidade de transformar um “passeio de final de semana” em um momento de educação em saúde, com uma abordagem diferenciada da clínica centrada na lógica sintoma-diagnóstico-tratamento. O desafio é proporcionar espaços de saúde comunitária em horários que atendem as necessidades de proximidade com o usuário que passa o dia inteiro no campo, longe do espaço formal de atendimento.
Palavras-chave
Prevenção de HIV/AIDS; Promoção em Saúde; Saúde Rural; Saúde da Mulher