Última alteração: 2015-10-25
Resumo
Descrição da experiência: A utilização de plantas medicinais e derivados como recurso terapêutico, perpassam pelo entendimento e valorização da multiculturalidade e interculturalidade, por gestores e profissionais de saúde, para maior equidade e integralidade da atenção. Com isso, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) constituem um campo de prática que envolve abordagens que buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde. Objetiva-se, com esse trabalho, relatar a experiência de inserção das PICS na Unidade de Saúde da Família do bairro de Santarém, Distrito Norte II, Natal, RN, Brasil. A motivação para a construção coletiva dessa proposta é resultante das discussões junto aos trabalhadores da Unidade, no processo de realização das aulas práticas dos cursos de graduação da UFRN - desenvolvidos através das disciplinas Saúde e Sociedade: SACI e Atividade Integrativa e Interdisciplinar em Saúde e Cidadania II: POTI; ambos vinculados ao Departamento de Saúde Coletiva. No contexto das atividades vivenciadas foi constatada a realidade das condições de trabalho dos funcionários da USF, o processo de trabalho, as potencialidades, fragilidades e desafios do processo social de consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS - em um espaço de periferia da cidade. Resultados alcançados: As oficinas abordaram práticas de utilização de chás, shiatsu, lava-pés, óleos, atividade laboral, dança e comidas detox. Houve satisfação coletiva dos participantes, tanto dos trabalhadores quanto dos estudantes e docentes. Além disso, alguns profissionais sensibilizados, fizeram uma capacitação de um curso fornecido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Curso Técnico em Práticas Integrativas e complementares em Saúde. Houve a inserção das PICS no trabalho da Unidade de Saúde, que atualmente ocorre uma vez a cada dois meses, sendo realizada pelos próprios profissionais. Repercussões da experiência: A partir da intervenção realizada os profissionais passaram a ter mais conhecimentos relacionados a utilização das PICS como forma terapêutica, percebendo assim a sua importância e possibilidade da utilização dessas práticas a nível institucional na rede do SUS por meio da implantação na Unidade de Saúde da Família. A partir dessa experiência, os profissionais utilizam dos novos conhecimentos e utilizam métodos de terapias alternativas, unindo os saberes empíricos aos científicos.
Palavras-chave
Referências
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS [acessado em 13/06/2006]. Disponível emhttp://nccam.nih.gov/
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