Última alteração: 2015-10-30
Resumo
APRESENTAÇÃO: No contexto da mudança na formação em saúde para uma atuação mais assertiva no SUS, busca-se o desenvolvimento de processos de educação crítica e participativa, com vistas à transformação social e à promoção da saúde (CAVALHEIRO; GUIMARAES, 2011). A discussão da mudança de modelo necessária para concretização do SUS implica em uma visão ampla e integrada de saúde, com ações direcionadas para transformação das condições de vida das pessoas e sua capacidade de tomar decisões. A educação em saúde constitui um espaço de formação e veiculação de conhecimento e práticas desenvolvidos e legitimados no modo como cada cultura entende o viver saudável (RIBEIRO; PIRES; BLANK, 2004; MACHADO et al, 2007). DESCRIÇÃO DA EXPERIENCIA: Trata-se de um relato de experiência de preceptoria do Programa de Educação pelo Trabalho na Saúde (PET-Vigilância em Saúde) da Universidade Estadual da Paraíba, executado entre maio de 2013 a abril de 2015, na unidade de Saúde da Família de Araxá, Campina Grande - Paraíba. O grupo alvo das ações de educação em saúde foram os usuários hipertensos e diabéticos. RESULTADOS ALCANÇADOS: O grupo de hipertensos e diabéticos iniciou com um número considerável de usuários, entretanto, apenas 26 deles foram assíduos e que demandavam encontros nos grupos, propunham assuntos, discutiam políticas e acima de tudo se tornaram protagonistas de suas vidas. As atividades resultaram em mudança na aprendizagem dos usuários em relação à adesão medicamentosa, mudança no estilo de vida, aceitação de sua condição patológica, bem como na percepção do enfermeiro, enquanto preceptor em relação às atividades de educação em saúde como eixo norteador das atividades da Atenção Primária em Saúde (APS), indicando a importância deste programa para o ensino e prática dos estudantes e profissionais de saúde. REPERCUSSÕES DA EXPERIENCIA: O PET-Saúde tem contribuído para a formação dos futuros profissionais de saúde, pois possibilita aos estudantes a inserção e a atuação efetiva na ESF, a criação de vínculos, o desenvolvimento de diferentes competências e o conhecimento sobre o planejamento em saúde, em consonância com metodologias problematizadora. Além disso, permite que os profissionais da APS possam romper com o modelo tradicional de atendimento em saúde orientando-se por um aprender a fazer crítico e reflexivo da realidade.
Palavras-chave
Referências
Cavalheiro MTP, Guimaraes Al. Formação para o SUS e os desafios da integração ensino serviço. Cad FNEPAS. 2011;(1):19-27.
Machado MFAS, Monteiro EMLM, Queiroz DT, Vieira, NFC, Barroso MGT. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS - uma revisão conceitual. Ciênc Saúde Coletiva. 2007;12(2):335-42.
Ribeiro, E. M., Pires, D., & Blank, V. L. G. (2004). A teorização sobre o processo de trabalho em saúde como instrumental para análise do trabalho no Programa Saúde da Família. Caderno de saúde Pública, 20(2), 438-446.