Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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ATIVIDADE FÍSICA E RISCO CARDIOVASCULAR DE PROFISSIONAIS DA USF BAIRRO NORDESTE, NATAL-RN.
MAYANE LETÍCIA DE CARVALHO, INGRID CAROLINE DE OLIVEIRA, ANA KAROLLINY ALVES RODRIGUES, LUCIANA FERREIRA COSTA, JORDAN CARLOS SILVA DE MEDEIROS, THAYNARA THAIS FERNANDES TORQUATO DE LIMA, THALLYS EMANNEL FERREIRA CLEMENTE, MANOELLE FERNANDES DA SILVA, MAGDA FABIANA DANTAS DA COSTA, RUTHE DE GÓES XAVIER DO NASCIMENTO, VITÓRIA JÉSSICA TEIXEIRA DANTAS, LORENA MARIA ARAÚJO MARINHEIRO NASCIMENTO, Jaqueline Fernandes Pontes

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


A Unidade de Saúde da Família Bairro Nordeste (USF-BNE) é operacionalizada por 45 profissionais que, diante das condições de vida e de trabalho, convivem com pressões e a inexistência do incentivo ao autocuidado que garanta a promoção e proteção da saúde. Objetivos: Verificar a prática de atividade física regular e o risco dos profissionais da USF-BNE em ter agravos cardiovasculares nos próximos 10 anos. Metodologia: Pesquisa de caráter descritivo que estudou 27 profissionais que aceitaram responder os instrumentos: 1) Ficha de identificação com informações pessoais, profissionais e medidas antropométricas. 2) Escore de Framingham (EF), que verifica o risco cardiovascular; 3) Questionário Internacional de Atividade Física (IPAC, na versão curta), que verifica atividade física moderada e vigorosa em uma semana. Resultados: Na amostra estudada 88,8% eram mulheres com idade média de 48 anos. A média de risco cardiovascular total foi de 8%, que é considerado um risco baixo. Talvez isto se deva ao nível de atividade física, pois 77,7% dos profissionais estudados foram considerados ativos e 22,2% muito ativos. Dos ativos 66,6% realizavam caminhadas e atividades moderadas com frequência de cinco ou mais dias por semana e por no mínimo de 30 minutos contínuos. A maioria dos profissionais apresentava uma grande carga de trabalho e por isto foram caracterizados como ativos. Vale salientar que 55,5% destes ativos eram agentes comunitários de saúde e 11,1% agentes de endemias, ou seja, eles realizavam no mínimo, muitos minutos de caminhada por dia. Já os muito ativos, metade fazia atividades vigorosas em cinco dias ou mais e por no mínimo de 30 minutos contínuos e a outra metade realizava atividades vigorosas associadas às atividades moderadas ou caminhadas, na frequência de três dias ou mais, com duração mínima de 20 minutos por sessão. Conclusão: Todos os profissionais estudados realizavam atividades físicas moderadas, tais como as atividades domésticas simples, arrumando a casa, o jardim e/ou atividades vigorosas, como lavar roupas, subir escadas e esportes em geral. Não houve índice de sedentarismo. Mesmo considerando o baixo risco de ter um agravo cardiovascular através do Escore de Framingham, acreditamos que devem ser desenvolvidas medidas para manter e proteger a saúde desses trabalhadores, pois o autocuidado deste grupo repercute diretamente na comunidade, que se sente motivada a buscar um estilo de vida mais saudável.

Palavras-chave


Risco cardiovascular total; atividade física; agravos cardiovasculares.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília; 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. Indicadores de mortalidade. C.8 Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2011. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?idb2011/c08.def> Acesso em: maio de 2014.

CESARINO, C. B. et al. Avaliação do risco cardiovascular de pacientes renais crônicos segundo critérios de Framingham. ACTA Paulista de Enfermagem, v. 26, n. 1, p. 101–107, 2013.