INTRODUÇÃO: A melhoria das condições de vida e de saúde das populações está intimamente ligada à educação em saúde, que pela sua magnitude deve ser entendida como uma importante vertente à prevenção. Saber identificar e satisfazer suas necessidades básicas é o mínimo para que um indivíduo consiga alcançar um nível adequado de saúde, o que cria um elo com a ação acadêmica para que esse objetivo seja alcançado. Com isso, motivou-se, entre alunos do curso de Fisioterapia da FACISA/UFRN, a ideia de promover uma ação comunitária que gere o empoderamento de agricultoras no interior do Rio Grande do Norte. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência positiva e transformadora de acadêmicos na educação e promoção de saúde, junto a produtoras rurais do município de Santa Cruz- RN, sendo as ações desenvolvidas com base na metodologia para assistência em saúde do trabalhador. METODOLOGIA: Trata-se de um trabalho de caráter descritivo e de abordagem qualitativa, junto a 55 agricultoras familiares (horteiras), que eram vinculadas a associação das pequenas agricultoras do açude Santa Rita. A intervenção foi realizada na sede da associação, tendo sido o acolhimento realizado através de música, seguido por palestra sobre Bio-Sustentabilidade, atendimentos médico e odontológico, além de uma grande ação educativa, com abordagem emancipadora sobre riscos ocupacionais e segurança específica. RESULTADOS: A atividade possibilitou uma reflexão aos acadêmicos, sobre a importância da realização de práticas em saúde de modo coletivo. Junto às trabalhadoras, o foco foi trazer uma visão sobre os riscos que elas estão expostas, mas, que podem ser evitados por medidas simples. Nesta perspectiva, e levando em consideração que as horteiras não possuem nenhum vínculo empresarial, os alunos trouxeram orientações sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual e sugestões de adaptações à suas realidades financeiras, orientação sobre os reais riscos do armazenamento e manuseio dos agrotóxicos e produtos químicos, além de práticas posturais adequadas nas ações laborais. Conclusão: Com base no exposto, conclui-se que a ação foi de suma importância tanto para a formação dos acadêmicos, quanto para as horteiras, que aprenderam sobre riscos inerentes a suas ações laborais. Sugerimos por tanto que mais ações destas sejam empregadas com outros agricultores, considerando a exposição diária desta população aos riscos do campo e a carência de informação sobre as temáticas abordadas na ação.