Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Territorialização para além do Horizonte na Terra do Sol
Esequiel Pagnussat, Paulo Henrique Caetano, Jéssica Freire, Priscilla Ribeiro, Dayana Dantas, Lícia Silveira, Angela Queiroz, Andrea Nogueira

Última alteração: 2016-01-20

Resumo


Caminhar por trajetos desconhecidos podem ocasionar medos, sofrimentos, angústias e incertezas. Contudo, possibilita novas descobertas, novos caminhos, novas histórias e novas culturas. Ao nos referimos aos termos caminhar e trajetos, sucinta a reflexão sobre lugar, espaço, caminho, estrada e território.

Mais além, as palavras descoberta e o desconhecido, questionam o (não) pertencer ao local, a mudança, a estabilidade, e aos processos desencadeados pela imersão de novos atores em determinado terreno. Partindo desta complexa dinâmica, este trabalho visa relatar as demandas do processo de territorialização da 3ª turma de residentes em Saúde da Família e Comunidade da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará no município de Horizonte.

Horizonte faz parte da Região Metropolitana de Fortaleza, localizado a 40 Km da capital, sendo a cidade do Ceará que mais cresceu em população entre 2000 e 2010 segundo o IBGE. A Unidade Básica de Saúde do Zumbi possui 3 equipes atendendo 3.800 famílias.

Utilizou-se múltiplas metodologias como: fotografias, observações, visitas institucionais e oficinas utilizando a matriz F.O.F.A. (Fortalezas/Oportunidades/Fragilidades/Ameaças) e G.U.T (Gravidade/Urgência/Tendência). Realizaram-se 8 oficinas com usuários, ACS’s, Equipe de Saúde, Gestão da Saúde e representantes de demais políticas públicas. Após as oficinas, ocorreu uma assembleia para definir as prioridades.

O resultado final das principais demandas apresentou a seguinte classificação: Segurança Pública; Violência; Saneamento Básico; Saúde dos Trabalhadores e Pouca Participação Popular.

As demandas que não foram classificadas como prioridade, mas que devem ser refletidas, foram: Animais Soltos na Rua; Infraestrutura; Estrutura Organizacional; Vulnerabilidades Sociais; Fragilidade da Rede; Acesso; Relação Interprofissional; Educação em Saúde; Equipamentos Sociais; Estrutura Física e Educação Permanente/Formação/Capacitação.

A partir dos resultados, observa-se que as 3 principais demandas exigem articulação intersetorial com a implicação e comprometimentos dos gestores de diferentes secretarias. Quanto a Saúde dos Trabalhadores faz-se necessário repensar um terceiro turno que propicie o atendimento dessa camada populacional e disponibilizar formas de cuidado com os cuidadores (profissionais da saúde e educação). Por fim, cabe destacar que apesar de não serem prioridades, as demais demandas necessitam ser melhor estudadas.


Palavras-chave


Territorialização; Saúde da Família; Residência em Saúde

Referências