Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

Tamanho da fonte: 
O ENSINO DA BIOESTATÍSTICA NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTERPROFISSIONAL EM SAÚDE.
MARIA HELENA PIRES ARAÚJO BARBOSA, MARIA HELENA PIRES ARAÚJO BARBOSA, ANNA CRISTINA DA CRUZ BEZERRA, MARIA TERESA PIRES COSTA, PRISCILA MONICK DE ARAÚJO BARBOSA DANTAS, INGRID KALINE DE ARAÚJO BARBOSA DANTAS

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA A formação de profissionais de saúde com vistas às necessidades do SUS em um país com tanta heterogeneidade não é uma tarefa fácil. Contudo, as experiências interdisciplinares ocorridas ainda durante a graduação são capazes de modificar e ampliar o escopo de conhecimentos dos profissionais de saúde em formação. E, uma forma de obtê-las ainda no início da formação é por meio da educação interprofissional. Ela ocorre quando um ou mais profissionais aprendem com, para e sobre, com a finalidade de aprimorar conhecimentos. Porém, não basta apenas utilizar metodologias que favoreçam a educação interprofissional, é preciso usar um método de avaliação condizente com os objetivos do aprendizado. Diante disso, uma disciplina de Bioestatística ofertada por uma universidade federal no estado do Rio Grande do Norte (RN) composta por 21 alunos dos cursos de Nutrição, Enfermagem e Medicina.  Sendo assim, na avaliação da última unidade, foi realizado um Team Basead Learning (TBL) que ocorreu em dois momentos distintos. Inicialmente os universitários realizaram uma atividade individual com questões de ordem teórica com questões elaboradas a partir do boletim epidemiológico do estado RN. Posteriormente, eles foram divididos em duplas ou trios para realizarem uma avaliação prática, e poderiam realizar consultas em todo e qualquer material didático, assim como utilizar o software estatístico Statistical Package for Social Sciences (SPSS). RESULTADOS ALCANÇADOS Os alunos conseguiram trabalhar de acordo com as competências das Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de saúde que são similares em todo o território brasileiro como: tomada de decisão, comunicação, liderança, administração e gerenciamento. E, o desempenho acadêmico desses alunos foi satisfatório. REPERCUSSÕES DA EXPERIÊNCIA Os alunos relataram que inicialmente a metodologia causou estranheza, visto que eles nunca tinham realizado uma avaliação nos moldes do TBL. Contudo, ressaltaram que conseguiram aprender e fixar melhor os conteúdos ministrados durante a disciplina. Por fim, ressalta-se a necessidade da formação interprofissional durante toda a graduação em saúde para que posteriormente estes possam trabalhar em equipe. Pois, atuar na perspectiva da integralidade exige o amplo diálogo entre os diversos campos de saberes em saúde e o aprendizado adquirido exclusivamente nos núcleos profissionais não fornece adequadamente a visão da multidimensionalidade do sujeito.


Palavras-chave


Ensino Superior; Educação Interprofissional; Metodologias ativas; Team Based Learning.

Referências


GONZÁLEZ, A.D. ALMEIDA, M.J. Movimentos de mudança na formação em saúde: da medicina comunitária às diretrizes curriculares. Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.20, n.2, p. 551-570. 2010.

KOLES, P.G.; STOLFI, A.; BORGES, N.J.; et al. The Impact of Team-Based Learning on Medical Students’ Academic Performance. Academic Medicine, v. 85, n. 11, p. 1739 – 1745. 2010.

MACHADO, M.F.A.S. et al. Integralidade, formação de saúde, educação em saúde e as propostas do SUS – uma revisão conceitual. Ciência & Saúde Coletiva, v.12, n.2, p. 335-342.

 

MATOS, Eliane; PIRES, Denise Elvira Pires de. Práticas de cuidado na perspectiva interdisciplinar: um caminho promissor. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis, v.18, n.2, p. 338-346. 2009.

PARANHOS, Vania Daniele; MENDES, Maria Manuela Rino. Currículo por competência e metodologia ativa: precepção de estudantes de enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v.18, n.1, jan/fev. 2010.