Última alteração: 2015-10-25
Resumo
INTRODUÇÃO: A Educação tem significado um instrumento fundamental na construção histórica de uma medicina integral, uma vez que se dedica à ampliação da inter‐relação entre as diversas profissões, especialidades, serviços, doentes, familiares, vizinhos e organizações sociais locais envolvidos num problema específico de saúde, fortalecendo e reorientando suas práticas, saberes e lutas (VASCONCELOS, 2001). A organização da atenção deve envolver, ao mesmo tempo, um cuidado sob os efeitos do adoecer, que extrapole os muros das unidades de saúde e do SUS e incida nas condições de vida dos sujeitos, favorecendo a ampliação das escolhas saudáveis no âmbito individual e coletivo no território onde vivem e trabalham. O lúdico é considerado elemento estruturador da vida e unidade estrutural do ser humano, o homo ludens. Possibilita experienciar a troca e a dinamicidade das relações nas presenças compartilhadas e na superação das rotinas, transcendendo os determinismos para retomar o jogo da vida, da fantasia que nutre o ser/estar no universo das relações. Enquanto estratégia lúdica o teatro humaniza a prática, pois contempla os sentimentos, as sensações e a intuição, tanto quanto a razão. Este relato aborda a utilização do teatro de educação popular como ferramenta de promoção da saúde, enfocando a experiência do município de Nísia Floresta. OBJETIVOS: Descrever um relato de práticas lúdicas de educação em saúde desenvolvidas pelo grupo de teatro saúde popular do Município de Nísia Floresta. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência das práticas de educação em saúde desenvolvidos por trabalhadores da saúde. RESULTADOS: São desenvolvidas por ano, mais de 25 peças teatrais com temas pertinentes as necessidades de saúde da população como Prevenção do câncer de mama, colo e próstata, alerta contra violência doméstica, cuidados com a dengue, auto-cuidado com o tema piolho, saúde bucal, e outras. As atividades do teatro são de apoio às equipes de ESF, e estão sempre nas agendas das ações de saúde do município. CONCLUSÃO: Educar em saúde pressupõe compreender cuidado e educação como elementos intrínsecos e essenciais ao ser humano. Outrossim, resgatar a ludicidade e a humanescência nas práticas de saúde torna-se fundamental, apreendendo que o profissional de saúde configura-se como um sujeito mediador do processo de fomento de ações acumuladoras de saúde, incentivando a transformação de hábitos de vida num processo permanente de empoderamento populacional.
Palavras-chave
Referências
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