Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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TERRITORIALIZAÇÃO NA ATENÇÃO A SAÚDE DA FAMÍLIA DO CAMPO: o Diagnostico rural Participativo- DRP como ferramenta.
Evelyn Costa do Nascimento, Pedro Júnior Pereira de Brito, Victor Aurélio Santana Nascimento, Islândia Batista da Silva, Nathália Gontijo C. Araújo, Karla Myrelle Paz de Sousa, Dayanne de Barros Bezerra

Última alteração: 2015-10-25

Resumo


Descrição da experiência: A territorialização foi realizada pela equipe multiprofissional da primeira residência do Brasil em Saúde da Família com Ênfase na População do Campo, no período de abril a junho de 2015, em quatorze microáreas do município de Caruaru/PE. As áreas foram escolhidas a partir da avaliação de aspectos, como: (1) maior distância da UBS; (2) características tipicamente rurais; (3) áreas de assentamentos da reforma agrária; e (4) grau acentuado de vulnerabilidade biopsicossocial. O reconhecimento das condições de vida e da situação de saúde foi não somente conviver, por meio de atendimentos, consultas e visitas, com as comunidades, mas, para, além disso, residir no território anelando a ele se integrar e concentrar esforços de compreensão das suas fragilidades e potenciais transformativos. O reconhecimento da área adstrita foi desenvolvido no uso do Diagnostico Rural Participativo (DRP), um conjunto de técnicas e ferramentas que incluem as comunidades no processo de construção ativa do seu próprio diagnóstico e favorecem, por seu caráter inclusivo, a participação das mesmas no planejamento, gerenciamento e desenvolvimento dos caminhos de enfrentamento para os seus problemas. Resultados alcançados: Partindo do olhar para os determinantes e condicionantes de saúde, pudemos observar: a existência massiva de moradias de taipa; serviços de saneamento básico insuficiente ou mesmo inexistente; abastecimento de água de forma irregular, com intervalos que chegam há seis meses; inexistência de coleta de lixo; a acessibilidade da população rural aos serviços e bens de consumo básicos está severamente comprometida, pela distância em que se encontram do centro urbano, e as péssimas condições das estradas vicinais; baixa segurança pública; falta de iluminação pública; ausência de linhas de transporte e precariedade do transporte escolar; ausência de espaços de promoção da cultura e lazer; poucas escolas e, as que estão em funcionamento, só ofertam ensino de nível fundamental em regime multisseriado; às condições de trabalho precárias, embora identifiquem-se como agricultores, a maioria desenvolve atividades ligada à costura com jornadas de trabalho em média 14 horas por dia, haja vista residam na região de maior produção têxtil do país. Descritores: Atenção primária a saúde, serviços de saúde comunitários e internato não médico.


Palavras-chave


Saúde da família; territorialização; população do campo.