Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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VIVENCIANDO O CONCEITO DE VIGILÂNCIA COM A PEDAGOGIA VIVENCIAL HUMANESCENTE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
AILA MAROPO ARAUJO, CAROLINA ARAÚJO DAMÁSIO SANTOS, Ana Claudine Pontes, Larissa Cynthia Cesar Rodrigues, Lilian Lira Lisboa, Carolina Teixeira de Resende Barreto, Camila Rocha Simão, Alexandra Silva de Lima, Adriana Simone Medeiros, Reginaldo Antônio de Oliveira Freitas Júnior

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


Descrição da experiência: O Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, do Instituto Santos Dumont investe no processo de educação permanente em saúde dos profissionais. Das temáticas previstas, ocorreu no mês de outubro/2015 a capacitação para o preenchimento das fichas dos agravos notificáveis. Anterior ao momento teórico-prático utilizou-se da aprendizagem significativa com discentes (medicina e fisioterapia) e profissionais de saúde (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social e técnico e enfermagem) na perspectiva de captar as experiências pregressas sobre como percebiam a vigilância em suas profissões. O marco teórico foi a pedagogia vivencial humanescente e a técnica da mandala humanopoiética. Essa pedagogia visa romper com o paradigma disciplinar, e é fundamentada na transdisciplinaridade e corporeidade com a utilização de metodologias ativas. Organizou-se um ambiente vivencial para expansão das essências, com música instrumental, cadeiras em círculo, livros, mantas, brinquedos e tábuas para utilizarem de linguagem não verbal e refletirem sobre a questão proposta. Em seguida, as tábuas formavam uma mandala, e podiam expor a criatividade e expressividade existencial. Resultados alcançados: Cada um expressou o que viu, o que sentiu e o que aprendeu. Desde o início foi ressaltado a não existência de um conceito único de “vigilância”, e assim este foi construído e problematizado. A presença de discentes e profissionais de saúde foi importante para a compreensão de que o saber é continuamente construído, pois na aprendizagem significativa o educador é um facilitador do processo de ensino aprendizagem, e o educando é ouvido, visto e sentido considerando seus saberes prévios. Dos relatos surgiu a indagação “como pode utilizar uma metodologia tão subjetiva para falar de fichas de notificação que são objetivas?”, foi importante esse questionamento pois comumente o processo de capacitação dos profissionais segue a lógica cartesiana de transmissão dos saberes, e não busca os conhecimentos prévios dos sujeitos. Repercussões da experiência: Ao final da capacitação os profissionais relataram ser muito interessante a técnica utilizada, e em algum momento irão utilizar em suas práticas docentes. Além disso, alguns profissionais que tinham certa resistência no preenchimento das fichas mostraram-se pró-ativos na busca de casos para notificação, o que permite inferir que o vivencial pode contribuir na reflexão e sensibilização de profissionais.

Palavras-chave


Educação Continuada; Aprendizagem Baseada em Problemas; Recursos Humanos em Saúde.

Referências


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SAMPAIO, A. T, L. Universo encantado do cuidado na autopoiese docente: uma viagem epistemológica transdisciplinar. 2009. 229f. Tese (Doutorado em Educação). Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.