Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Potencial de incompatibilidade dos medicamentos injetáveis em pacientes pediátricos em um hospital universitário do Rio Grande do Norte
Karla Dalliane Batista Leal, Maria Luisa Moura Fonseca, Rand Randall Martins, Lourena Mafra Verissimo

Última alteração: 2015-10-29

Resumo


Introdução: Em pediatria, a administração parenteral de medicamentos é ferramenta importante no processo de assistência a saúde e torna o paciente mais propenso a erros de medicação, caso não seja realizada respeitando as boas práticas de terapia parenteral. O número de estudos realizados sobre esse assunto tem sido relativamente pequeno.

Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial de incompatibilidade dos medicamentos injetáveis utilizados em pediatria em um hospital universitário.

Métodos: Trata-se de um estudo observacional analítico do tipo transversal baseado na análise das prescrições dos pacientes no período de junho a outubro de 2014, verificando a ocorrência de possíveis incompatibilidades medicamentosas entre as formas farmacêuticas injetáveis. Foi realizada uma análise bivariada utilizando-se o teste Qui-quadrado de associação de Pearson considerando significativos os valores de p<0,05. Para cada medicamento envolvido com incompatibilidade potencial, calculou-se o risco relativo com 95% de intervalo de confiança.

Resultados: Das 222 prescrições médicas analisadas, 185 apresentaram potencial de incompatibilidade medicamentosa. As principais incompatibilidades encontradas foram: precipitação, turbidez, decomposição química e não testada. O número de medicamentos prescritos por paciente influenciou nesse potencial. Concluiu-se uma prevalência de 83,3% de potencial incompatibilidade (média 1,4; desvio padrão ± 0,7 por paciente), com uma média de 2,5 medicamentos prescritos por paciente, com maior contribuição das penicilinas, presente em 103 prescrições (37,7%). Destacam-se ainda o diazepam, fenobarbital e fenitoína com maior risco relativo de provocar potencial incompatibilidade.

Conclusão: Acredita-se que a identificação dos tipos de erros mais frequentes bem como, dos fatores causais, contribuem para o uso racional de medicamentos e segurança do paciente, e reforça a necessidade da atuação do farmacêutico na equipe multidisciplinar de saúde.

Descritores: Incompatibilidade. Erro de medicação. Pediatria. Medicamentos injetáveis. Segurança do paciente.

Palavras-chave


Incompatibilidade; Erro de medicação; Pediatria; Medicamentos injetáveis; Segurança do paciente