Rede Unida, Encontro Regional Nordeste I 2015

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Oficina de metodologia ativa: a teia da aprendizagem.
Patrícia Diógenes de Morais, Ana Renê Farias Baggio Nicola, José Rogécio de Sousa Almeida, Elayne Cristina Ferreira Xavier

Última alteração: 2015-10-31

Resumo


Descrição da experiência:

À medida que se insere na teorização abordada, a metodologia ativa de ensino despertar a curiosidade do aluno permitindo a construção de novos elementos ainda não abordados ou cogitados. Nesse contexto, foi lançado o desafio “Oficina de Metodologia Ativa”, através do qual os alunos da Residência Multiprofissional em Atenção Básica/Saúde da Família e Comunidade da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte em parceria com a Prefeitura Municipal de Mossoró deveriam explicar a metodologia ativa fazendo uso da mesma.

Com a finalidade de alcançar o desígnio da atividade, organizou-se um conjunto de dinâmicas objetivando proporcionar inicialmente um momento de relaxamento, seguido de um momento de interação emocional e educação permanente a cerca da temática.

A oficina iniciou-se com a apresentação do grupo, formação de um grande círculo e promoção de um breve relaxamento dos participantes com alongamentos dos membros superiores e leve massagem nas costas, seguido da distribuição aleatória de perguntas transcritas em pedaços de papel para cada um dos participantes.

A continuidade do processo se deu através da dinâmica da teia, na qual um grande rolo de barbante é passado de um participante para o outro. Porém, antes foi explicado ao grupo que o barbante deveria ser entregue ao colega por uma razão emocional ou de afinidade que deveria ser justificada e, após isso, realizar o questionamento ao colega. Assim a dinâmica se deu, passando o barbante de mão em mão até que todos o tivessem recebido, respondido e realizado a pergunta; sendo finalizado com uma reflexão promovida pelo grupo facilitador.

Resultados alcançados repercussões da experiência:

A intenção da dinâmica foi representar a construção da aprendizagem de cada um e de todo o grupo, na medida em que um se reflete no outro. A escolha de cada um para passar o barbante expressa os vínculos que criamos, e como Paulo Freire dizia: “para aprender é preciso criar vínculos”. A dinâmica expressa o quanto podemos aprender com o outro, a construção do conhecimento é na interação, no compartilhamento de saberes.  A fala de um sujeito pode trazer componentes que despertem no outro o desejo de aprender e outros diversos aspectos que atravessam e possam produzir algo.

De modo que, a construção do conhecimento, assim como mostra a simbologia da teia, é dinâmica e transversal; pautada por relações sociais, afetividades, escolhas e dúvidas.


Palavras-chave


Educação em saúde; Educação continuada; Grupos.

Referências


MITRE, S.M. et. al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência & Saúde Coletiva, v.13, n.2, p.2133-2144, 2008.

GADOTTI, M. Lições de Freire. Rev. Fac. Educ. v.23, n.1-2, 1997.